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PM investiga suspeita de suborno
DA SUCURSAL DO RIO
O corregedor-geral da Secretaria de Segurança do Rio, Aldinei
Zacarias Peixoto, pediu ao Ministério Público Estadual as gravações em que traficantes combinam pagamento de propina a policiais militares. Peixoto espera receber as fitas até segunda-feira.
Os telefonemas rastreados mostram Luiz Fernando da Costa, o
Fernandinho Beira-Mar, e Marcos Marinho dos Santos, o Chapolim, orientando o também traficante conhecido como Índio
-que atuaria em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense-
sobre o suborno de policiais.
De acordo com a conversa, os
policiais, que, segundo o comandante da PM do Rio, coronel
Francisco Braz, seriam do 15º Batalhão (Caxias), receberiam R$
100 e R$ 500 para que não atrapalhassem a venda de drogas.
Índio também é orientado a não
pagar propina a policiais que moram nas favelas próximas. Eles
deveriam colaborar com o tráfico
como forma de garantir a própria
sobrevivência e a da família.
Como os criminosos não disseram nomes, o corregedor-geral
requereu a lista dos policiais que
estavam trabalhando na época
em que as conversas foram rastreadas. "Com a lista e as fitas, nós
vamos interrogar os presos para
que dêem os nomes, sob pena de
sofrerem sanções se não o fizerem", disse Peixoto.
Em razão de a Corregedoria
ainda não dispor dos nomes, ninguém do 15º Batalhão foi afastado. Peixoto disse ainda que só as
acusações dos presos não são suficientes para incriminá-los.
Segundo o comandante da PM,
quando os traficantes falam de
dois oficiais que "mandam" em
dias diferentes, pode-se concluir
que seriam os da supervisão.
"Não será difícil identificá-los",
disse. A Folha procurou por telefone o comandante do 15º Batalhão, o tenente-coronel Dinaldo
Carneiro de Macedo, mas até as
19h de ontem ele não havia voltado de uma operação.
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