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"Nós fomos tratados como bandidos"
DA REPORTAGEM LOCAL
Detidos por 16 horas como suspeitos de serem os autores dos
disparos contra os seguranças
que acompanhavam o filho do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os irmãos Josevaldo Alves dos
Santos, 24, e Fábio Alves dos Santos, 21, querem agora apenas descansar e esquecer o que passaram
no 95º Distrito Policial.
"A polícia estava fazendo o trabalho dela, de investigar, mas fomos tratados como bandidos",
afirmou Josevaldo.
O rapaz, que trabalha em uma
lavanderia, afirmou à polícia que,
no horário do crime, estava em
casa com a mulher assistindo televisão. Para convencer os policiais
de seu álibi, ele contou cenas do
capítulo da novela que assistiu.
"Provei que não sou culpado e fui
liberado", disse.
Josevaldo contou que seu irmão, que trabalha como metalúrgico e estuda à noite, estava na escola quando os seguranças foram
abordados por dois assaltantes. O
professores e colegas de classe de
Fábio ligaram para a delegacia para contar que estavam com ele.
"Não precisávamos ter sido tratados daquele jeito. Fomos levados para a delegacia sem saber o
que estava acontecendo. Mas agora já passou, quero esquecer tudo
isso", disse ele.
Os irmãos foram abordados pela polícia quando estavam numa
padaria, próximo ao local onde
moram, na favela Heliópolis, na
zona sul de São Paulo. Uma denúncia fez com que os policiais os
detivessem, mas exames realizados pela perícia descartaram a
participação deles no crime.
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