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São Paulo, sábado, 21 de junho de 2003

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"Nós fomos tratados como bandidos"

DA REPORTAGEM LOCAL

Detidos por 16 horas como suspeitos de serem os autores dos disparos contra os seguranças que acompanhavam o filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os irmãos Josevaldo Alves dos Santos, 24, e Fábio Alves dos Santos, 21, querem agora apenas descansar e esquecer o que passaram no 95º Distrito Policial.
"A polícia estava fazendo o trabalho dela, de investigar, mas fomos tratados como bandidos", afirmou Josevaldo.
O rapaz, que trabalha em uma lavanderia, afirmou à polícia que, no horário do crime, estava em casa com a mulher assistindo televisão. Para convencer os policiais de seu álibi, ele contou cenas do capítulo da novela que assistiu. "Provei que não sou culpado e fui liberado", disse.
Josevaldo contou que seu irmão, que trabalha como metalúrgico e estuda à noite, estava na escola quando os seguranças foram abordados por dois assaltantes. O professores e colegas de classe de Fábio ligaram para a delegacia para contar que estavam com ele.
"Não precisávamos ter sido tratados daquele jeito. Fomos levados para a delegacia sem saber o que estava acontecendo. Mas agora já passou, quero esquecer tudo isso", disse ele.
Os irmãos foram abordados pela polícia quando estavam numa padaria, próximo ao local onde moram, na favela Heliópolis, na zona sul de São Paulo. Uma denúncia fez com que os policiais os detivessem, mas exames realizados pela perícia descartaram a participação deles no crime.


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