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Fim da crise na PM
depende do governo
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
A Assembléia Legislativa de Minas Gerais aprovou ontem a autorização para que o governador de
Minas Gerais, Eduardo Azeredo
(PSDB), conceda reajuste salarial
diferenciado para alguns setores
do funcionalismo público.
Com essa autorização, pedida
por Azeredo, o fim da crise na PM
depende apenas do reajuste salarial a ser oferecido pelo governo.
Os soldados, cabos, sargentos e
subtenentes da PM fizeram greve
na semana passada e exigem do
governo 93% de reajuste salarial.
Eles deram ao governo prazo de
dez dias para definir o índice. Esse
prazo termina na terça-feira. O governo avisou que não tem condições de conceder reajuste de 93%,
mas que estuda um aumento.
Azeredo disse anteontem na Alemanha que reconhece a defasagem
salarial na PM, mas que o prazo de
dez dias não será cumprido.
O comando-geral da PM mineira
divulgou nota negando rumores
de que o Exército estaria preparado para intervir, caso os praças retomem a greve na próxima semana. Entretanto, a promotora da
Justiça Militar, Maria Solange Ferreira de Morais, afirmou à Agência
Folha que a crise "é grave" e que
"já houve consulta" ao Exército.
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