da Reportagem Local

Como ocorreu com a Igreja de Cristo, os primeiros seguidores da Comunidade Cristã Gay foram poucos e tiveram dificuldades para encontrar um lugar de reunião. A comparação é feita pelos fundadores da comunidade, criada em outubro a partir de debates promovidos pelo Centro Acadêmico de Estudos Homoeróticos da USP.
Segundo eles, o grupo teve de deixar o prédio da USP, na rua Maria Antonia, assim que cresceu o número de participantes. Passaram a celebrar os cultos em uma boate nos horários em que a casa estava fechada. Até que o salão da região central foi alugado. "Pelo menos duas imobiliárias se recusaram a alugar um espaço para a comunidade", diz Elias Lilikã.
Tarcísio Lima diz que a idéia de um "ministério gay" nasceu três anos atrás na Blue Space, uma boate homossexual da zona sudoeste. "Fizemos uma pesquisa informal e descobrimos que naquela noite havia ali mais de 50 evangélicos. Muitos ainda frequentavam suas igrejas." Todos participavam dos cultos sem revelar sua opção sexual.
Ao longo desse período, outros grupos de religiosos homossexuais foram descobertos, conta Lima. Seguidores da Comunidade Cristã Metropolitana, uma igreja que reúne homossexuais nos EUA, estariam se reunindo em fazendas no Brasil.
"Como acontece nos EUA, a tendência no Brasil é que surjam igrejas onde gays e lésbicas possam se encontrar", acredita Lima.



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