São Paulo, domingo, 21 de junho de 1998

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Campinas é ponto de referência

da Reportagem Local

A Igreja de São Geraldo Magela, na zona oeste de Campinas, é um ponto de referência para homossexuais, travestis e prostitutas. Em torno dessa paróquia, funciona uma das poucas pastorais católicas voltadas para eles.
O coordenador é o padre José Antonio Trasferetti, professor de teologia moral da PUC de Campinas e que trabalha com homossexuais e familiares. A filosofia que defende é a do acolhimento.
"Jesus não condenou o homossexualismo. Disse que todas as pessoas merecem respeito."
Trasfereti, 42, prega a integração dos homossexuais. Ele vê como um passo positivo a ordenação de pastores homossexuais e diz acreditar que um dia a Igreja Católica fará o mesmo. "Exigir que um padre ou pastor seja heterossexual, já denota preconceito."
O padre lança no próximo mês um livro que relata seu trabalho na paróquia, "Pastoral com Homossexuais; Entre o Amor e o Medo".
Fernando Altemeyer Junior, vigário de comunicação da Arquidiocese de São Paulo, diz que a Igreja não aceita o homossexualismo, mas respeita o homossexual. "Se quer viver com uma pessoa do mesmo sexo, que viva como irmão, recomenda a Igreja."
O padre lembra que "há correntes da teologia que aceitam a relação de felicidade" entre pessoas do mesmo sexo". Mas no pensamento oficial do Vaticano, a relação entre as duas pessoas só é aceita quando há a possibilidade de procriação. (AB)



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