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Campinas é ponto de referência
da Reportagem Local
A Igreja de São Geraldo Magela,
na zona oeste de Campinas, é um
ponto de referência para homossexuais, travestis e prostitutas. Em
torno dessa paróquia, funciona
uma das poucas pastorais católicas voltadas para eles.
O coordenador é o padre José
Antonio Trasferetti, professor de
teologia moral da PUC de Campinas e que trabalha com homossexuais e familiares. A filosofia que
defende é a do acolhimento.
"Jesus não condenou o homossexualismo. Disse que todas as
pessoas merecem respeito."
Trasfereti, 42, prega a integração
dos homossexuais. Ele vê como
um passo positivo a ordenação de
pastores homossexuais e diz acreditar que um dia a Igreja Católica
fará o mesmo. "Exigir que um padre ou pastor seja heterossexual,
já denota preconceito."
O padre lança no próximo mês
um livro que relata seu trabalho na
paróquia, "Pastoral com Homossexuais; Entre o Amor e o Medo".
Fernando Altemeyer Junior, vigário de comunicação da Arquidiocese de São Paulo, diz que a
Igreja não aceita o homossexualismo, mas respeita o homossexual.
"Se quer viver com uma pessoa
do mesmo sexo, que viva como irmão, recomenda a Igreja."
O padre lembra que "há correntes da teologia que aceitam a relação de felicidade" entre pessoas
do mesmo sexo". Mas no pensamento oficial do Vaticano, a relação entre as duas pessoas só é aceita quando há a possibilidade de
procriação.
(AB)
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