São Paulo, domingo, 21 de julho de 2002

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União quer cadastro nacional

DA REPORTAGEM LOCAL

O governo federal começou a reunir informações dos cinco criminosos mais procurados de cada Estado para compor o primeiro banco de dados nacional de pessoas procuradas no país.
A idéia, anunciada em abril ainda na gestão de Miguel Reale Jr., que pediu demissão após divergências com o presidente Fernando Henrique Cardoso, continuará a ser implantada pelo ministro da Justiça, Paulo de Tarso Ramos Ribeiro, segundo sua assessoria.
Dos 26 Estados, 11 enviaram informações dos procurados que consideram mais perigosos: Rio Grande do Norte, Goiás, Ceará, Espírito Santo, Acre, Maranhão, Bahia, São Paulo, Paraná, Tocantins e Pernambuco.
O Ministério da Justiça requisitou documentação complementar e fotos de alguns Estados que enviaram informações parciais dos seus fugitivos. A intenção é divulgar esse material na internet com os telefones de denúncia. Não há previsão para terminar a implantação do cadastro.
O formato original do projeto previa ir aumentando o número de procurados incluídos na central, aos poucos, em ordem decrescente de periculosidade.
""Só podemos pensar segurança pública se houver integração nacional", afirma o advogado Cláudio Tucci, ex-secretário Nacional de Segurança Pública, idealizador da central de procurados.
Em agosto, Tucci planejava divulgar a finalização de um projeto maior para interligar os órgãos de segurança estaduais.
Os técnicos da secretaria vinham trabalhando no lançamento de uma rede nacional que abrangeria, em um primeiro momento, as capitais do país.
A ""Rede Nacional de Polícia" seria financiada com recursos do Fust (Fundo de Universalização das Telecomunicações), que capta dinheiro das empresas de telecomunicações do país.
O projeto, com metas a curto (cinco anos) e longo prazo (dez anos) pensava em ligar fóruns, cartórios de registro civil, emissão de RGs e até, mais à frente, computadores de bordo em carros das polícias estaduais. ""A rapidez da informação é que dá a eficiência da polícia", afirma o ex-secretário Nacional de Segurança Pública.
Segundo a assessoria do ministério, todos os projetos que vinham sendo implantados terão continuidade, apesar da mudança de ministro. Até sexta, o ex-secretário não havia sido substituído.



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