São Paulo, segunda-feira, 21 de julho de 2008

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Vítima já tinha recebido tiros da polícia

DA SUCURSAL DO RIO

O enterro do motoboy Edson Vaz do Nascimento reuniu cerca de 200 pessoas ontem no cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul do Rio.
A mulher do motoboy, Alessandra do Nascimento Rodrigues, 25, disse que há oito anos ele levou três tiros no braço e na perna durante uma incursão da polícia na favela.
Ela disse que o marido chegou em casa do trabalho por volta das 17h30. Pouco antes das 21h, disse que ia fazer um lanche. Ele encontrou um amigo e ficou conversando. "Estava em casa e minha filha disse: papai caiu. Corri atrás para ver o que tinha acontecido, mas quando cheguei ele já estava morto."
Maria das Graças do Nascimento Rodrigues, 46, sogra do motoboy, disse que ele nunca se envolveu com o tráfico. "Ele era trabalhador. Minha filha tem 25 anos, está desempregada e ficou viúva. Minha neta ficou sem pai. Não adianta vir autoridade pedir desculpa porque a vida dele já se foi."


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