São Paulo, segunda-feira, 21 de julho de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Fecundidade em queda pode ajudar a economia do país

DA SUCURSAL DO RIO

A diminuição das taxas de fecundidade traz também oportunidades que podem ser aproveitadas pelo país para acelerar o crescimento econômico e investir mais na infância, afirmam pesquisadores.
Um trabalho divulgado no mês passado pelo pesquisador Sergei Soares, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), mostra, por exemplo, que o Brasil já vive um bônus demográfico no acesso à escola.
Ou seja, o número de crianças a serem atendidas a cada geração é decrescente, o que facilita que haja um aumento de recursos por aluno.
Esse "bônus", para muitos pesquisadores, pode ser aproveitado também para acelerar o crescimento econômico.
Essa situação acontece quando a população em idade ativa de um país começa a se sobrepor à inativa.
A tese deles é de que um trabalhador que tenha menos crianças ou idosos para sustentar pode ser mais produtivo do que um que tenha mais filhos ou inativos como dependentes.

Oportunidades
Essa situação, no entanto, só é aproveitada se forem dadas oportunidades de trabalho a essa população.
Além disso, essa condição tem prazo para terminar já que, a partir de algum momento, a queda no número de crianças é compensada pelo aumento no total da população idosa, fazendo com que a proporção de dependentes passe a crescer novamente.
Para o demógrafo José Eustáquio Alves, estudioso do tema, o país precisará saber aproveitar esse momento.
"Antes do envelhecimento e da redução da população, o Brasil vai passar por uma janela de oportunidade demográfica que possibilitará uma arrancada do desenvolvimento e um aumento da qualidade de vida, desde que este bônus seja inteligentemente aproveitado", afirma o pesquisador. (AG)


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Natalidade caiu até entre menos escolarizados
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.