São Paulo, segunda-feira, 21 de agosto de 2000


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Percentual de candidatas caiu este ano

DA REPORTAGEM LOCAL

Mesmo com a reserva por sexo de vagas a candidatos, a participação proporcional da mulher na disputa pelas cadeiras da Câmara Municipal de São Paulo caiu este ano em relação à última eleição.
Em 1996, elas representavam 23% dos candidatos a vereador em São Paulo. Neste ano, o percentual diminuiu para 18,8%.
Segundo o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo, 205 mulheres vão participar das eleições para vereador. Os homens somam 885 candidatos (81,2%).
Em 1996, 156 (23%) mulheres disputaram as eleições com 524 homens (77%). Destas, apenas seis conseguiram se eleger -10,9% das 55 vagas na Câmara.
São 49 mulheres a mais concorrendo neste ano em relação a 1996, o que representa um crescimento de 31,4%. Só que o número de homens na disputa aumentou ainda mais (59%), o que fez essa diferença crescer.
A legislação eleitoral prevê apenas a reserva das vagas por sexo, que podem ou não ser preenchidas. O partido tem de reservar, no máximo, 70% das inscrições a um dos sexos. Ou seja: das 83 vagas por partido -110 para coligação-, os homens podem ocupar, no máximo, 58. O restante só pode ser preenchido por mulheres.
Elas estão ausentes da lista de candidatos de dois partidos -o PSL, com cinco concorrentes, e o PST, com oito- e têm uma representação muito pequena na maioria das legendas.
O presidente nacional do PST, Marcílio Duarte Lima, disse que o partido tentou, mas não conseguiu candidatas. "A participação da mulher na política é folclore. É mais fácil convencer o homem a participar do que a mulher."
As exceções são o PTB e o PV. Com 28 mulheres -13% dos concorrentes-, o PTB tem a maior participação feminina por legenda. "Sobrou candidata. A mulher sempre teve grande participação no partido", afirmou Antonio Luiz Rodrigues, coordenador da campanha do PTB.
O PV vai disputar a eleição com 19 mulheres (25% dos 75 candidatos). "A política convencional, que parece um ringue, afasta a mulher", afirmou José Luiz de França Penna, presidente do PV. Já no PCB, duas mulheres são as únicas representantes do partido.


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