São Paulo, sábado, 21 de agosto de 2004

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Porteiro acredita ter encontrado o pai

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A leitura das notícias de jornal sobre a chacina ocorrida na madrugada de anteontem em São Paulo despertou no porteiro Edmilson José de Oliveira, 36, a esperança de encontrar o pai, que não vê desde que tinha sete anos.
A semelhança física entre o porteiro e Gaguinho, violentamente agredido, surpreendeu os comerciantes da região onde o morador de rua costumava ficar. O nome atribuído a Gaguinho -José Manoel da Cruz- é, segundo Oliveira, o do pai desaparecido.
Informações sobre a vida de ambos também coincidem. "Ele [Gaguinho] dizia ter três filhos e uma filha chamada Regina. Somos quatro irmãos lá em casa e uma tem esse nome", disse Oliveira. "Ele também disse que vinha da região de Guaianazes e nós morávamos perto do bairro."
Oliveira esteve no Pronto-Socorro Ermelino Matarazzo, onde está Gaguinho, mas, como a vítima estava em coma e com o rosto inchado, não pôde ter certeza de que era o pai. O morador de rua foi achado sem documentos.
A rotina nas imediações da rua Tabatingüera, onde dois homens foram mortos, não se alterou na madrugada de ontem. Segundo taxistas do local, não houve mais policiamento do que o normal.
Márcio Antônio Viana, 48, funcionário de uma clínica na rua, disse que na noite seguinte à chacina um morador de rua dormiu na calçada em frente ao local onde Cosme Rodrigues Machado, 56, foi achado morto.


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