RAQUEL SÁ
free-lance para a Folha

O Ministério da Educação anunciou ontem que conseguiu cumprir a meta da primeira etapa do Proinfo (Programa Nacional de Informática na Educação): 30 mil computadores foram distribuídos às escolas públicas neste ano. Para o ano 2000, estima-se a distribuição de mais 70 mil.
O ministério espera beneficiar 6.000 escolas ao longo do projeto.
As diretrizes do Proinfo, de julho de 1997, previam que 100 mil computadores fossem distribuídos, todos em 98. Mas, segundo o MEC, restrições orçamentárias obrigaram o ministério a adiar o projeto para o ano seguinte e dividi-lo em duas partes.
Nessa primeira fase, 2.085 escolas receberam computadores. O custo total foi de R$ 110 milhões, entre compra de equipamento (computadores Pentium 2) e treinamento de professores.
A segunda fase continuará a distribuição de computadores para as escolas, mas começará o treino de técnicos e assistentes de computação entre os próprios alunos.
"Os alunos hoje em dia estão mais críticos, procuram mais informações. O computador vai ajudá-los a formar opiniões próprias. Os professores também passarão a avaliar os alunos de forma mais intuitiva", diz Pedro Paulo Poppovic, secretário de Educação à Distância do MEC.
Os benefícios pela introdução do computador entre os alunos da 5ª à 8ª séries das escolas públicas só poderão ser avaliados no Saeb (Sistema de Avaliação de Educação Básica) de 2001.
A seleção das escolas foi feita com os Estados, que escolheram aquelas que apresentaram o melhor projeto de utilização de computadores.
O número de computadores entregues a cada uma foi proporcional ao número de alunos. Assim, a região Sudeste recebeu 10.294 computadores, e a região Norte recebeu 2.852 unidades.
O Estado de São Paulo recebeu 4.426 unidades para serem distribuídas em 1.025 escolas.


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