São Paulo, Sábado, 21 de Agosto de 1999
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MEIO AMBIENTE
Comissão quer entrar com ação contra a CSN
Estudos no RJ mostram que rio tem elementos cancerígenos

da Sucursal do Rio

A comissão de defesa do meio ambiente da Assembléia Legislativa do Rio, presidida pelo deputado Carlos Minc, vai entrar com ação civil pública contra a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), com base na lei federal sobre crime ambiental.
Segundo o deputado, dois relatórios concluídos no mês passado pela Feema (Fundação Estadual de Engenharia de Meio Ambiente) e pela UFRJ (Universidade Federal do RJ), mostram que foram encontrados elementos cancerígenos no rio Paraíba do Sul, que teriam sido despejados pela CSN.
De acordo com Minc, no rio, responsável por 80% do abastecimento do Estado, foi encontrado benzopireno (cancerígeno), entre outras substâncias nocivas à saúde, em um volume 15 vezes superior aos padrões do Conselho Nacional do Meio Ambiente.
Essa quantidade, segundo ele, é a mesma encontrada em uma avaliação de 1996, quando a CSN se comprometeu a investir R$ 80 milhões em ações para minimizar seus despejos poluentes. Segundo o deputado, em três anos somente R$ 26 milhões foram investidos.
O superintendente de meio ambiente da CSN, Luiz Claudio Castro, informou que o "volume de benzopireno lançado no Paraíba não oferece risco à população", e que a empresa vai investir R$ 28 milhões para que, até outubro de 2000, a substância não seja mais despejada no rio. Castro explicou que o prazo para o fim dos investimentos é 23 de setembro e que, até lá, a siderúrgica vai ter cumprido todas as exigências.




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