São Paulo, Terça-feira, 21 de Setembro de 1999
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VIOLÊNCIA
Dois homens saíram de um Tempra branco e atiraram contra grupo no Leblon; três pessoas ficaram feridas
Dois são mortos em mirante no Rio

da Sucursal do Rio

Duas pessoas foram mortas e três ficaram feridas ao ser baleadas em um quiosque do mirante do Leblon, zona sul do Rio, durante a madrugada de ontem.
De acordo com a polícia, dois homens em um Tempra branco desceram do carro, por volta das 5h, conversaram por alguns minutos com Rogério de Amorim Ribeiro, 33, uma das vítimas, e logo em seguida atiraram contra o grupo.
Edson José de Souza Mendonça, 48, baleado na cabeça, morreu na hora.
Sérgio Ramos de Brito, 42, chegou a ser levado para o hospital Miguel Couto, na Gávea (zona sul), e também morreu.
Rogério Ribeiro, Claudia Amorim, 35, e Renata Mafra da Costa, 33, também atingidos, estão internados no Miguel Couto, mas não correm risco de vida.
A polícia está investigando a hipótese de acerto de contas entre traficantes rivais.
De acordo com o inspetor da 15ª Delegacia de Polícia, Carlos Gomes, Rogério Ribeiro era um traficante de drogas que atuava no mirante do Leblon há algum tempo e rival de outros traficantes da favela do Vidigal, que fica a 500 metros dali.

Prisão
Segundo Gomes, Ribeiro, que já foi preso por tráfico de entorpecentes, havia sido avisado por seu próprio irmão, identificado apenas como Marcelo, de que seria morto se continuasse a atuar naquela área.
Marcelo também seria, de acordo com a polícia, traficante do Vidigal.
As outras vítimas do tiroteio foram atingidas porque estavam no "lugar errado e na hora errada", afirmou o inspetor.
Gomes disse que elas não estavam envolvidas com o tráfico, apesar de haver informações de que algumas seriam usuárias de drogas.
Até o final da tarde, apenas um suspeito, cujo nome não foi divulgado, tinha sido preso, mas a polícia informou que já tem os nomes dos dois assassinos.

Área do crime
No início da manhã de ontem, a área do crime foi isolada, e policiais encontraram 15 cápsulas de pistola calibre 9 milímetros e R$ 900. Apesar do isolamento, os quiosques do mirante funcionaram normalmente.
Funcionários dos quiosques, que não quiseram se identificar, afirmaram que o grupo costumava chegar no fim da noite e passar a madrugada bebendo e conversando nas mesas do bar.
Os funcionários disseram nunca ter percebido o consumo de drogas por parte das vítimas nem de nenhum outro frequentador do local.


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