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SAÚDE 1
Glivec, que passará a custar US$ 1.620 por mês, será distribuído gratuitamente na rede do SUS já na próxima semana
Preço de remédio para leucemia cai 32%
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério da Saúde e o laboratório Novartis acertaram uma
diminuição de 32,5% no preço do
medicamento Glivec, utilizado no
tratamento da LMC (leucemia
mielóide crônica). A partir da semana que vem, portanto, o governo federal passará a fornecer o remédio gratuitamente na rede do
Sistema Único de Saúde (SUS).
O Glivec é um medicamento
novo e que vem se revelando promissor no tratamento desse tipo
de leucemia -uma espécie de
câncer na medula óssea. Desde o
início do ano, o ministro da Saúde, José Serra, vinha negociando a
redução de preço. O custo agora
passa de US$ 2.400 para US$ 1.620
por paciente por mês.
Em Fortaleza, onde inaugurou
um hospital, o ministro comemorou o resultado da negociação, segundo sua assessoria, lembrando
que o preço anterior impossibilitava o atendimento à população.
Além da redução do custo, também foi negociado um fornecimento gratuito do medicamento
pelo laboratório para 250 pacientes até março de 2002. No Brasil,
existem 1.558 pacientes com LMC
sendo tratados pela rede pública
de saúde, mas há indicação do
Glivec para apenas 380 pessoas. O
ministério vai gastar por ano pouco mais de US$ 8,2 milhões.
A cura para a leucemia mielóide
crônica é o transplante de medula, porém o Glivec deve melhorar
as condições de saúde de 294 pacientes que ainda estão na fase inicial da doença e de outros 86 já em
fase avançada.
Ainda na semana que vem, será
publicado o registro da droga,
permitindo a comercialização do
medicamento na rede privada.
No mês passado, Serra conseguiu negociar com o laboratório
Roche a redução do preço do
princípio ativo nelfinavir, um dos
12 medicamentos que compõem
o coquetel anti-Aids. A negociação só foi acertada depois de o ministro ter ameaçado quebrar a patente do medicamento.
Congelamento
Outra medida que beneficiou
José Serra, apontado como um
dos presidenciáveis do PSDB para
2002, foi o congelamento dos preços dos medicamentos, por meio
de uma medida provisória, até dezembro do próximo ano.
O controle de preços iria somente até dezembro deste ano.
De acordo com as regras editadas
na MP assinada pelo presidente
Fernando Henrique Cardoso, será autorizado um reajuste dos remédios em janeiro próximo, em
índice ainda não definido, e em
seguida os preços voltam a ficar
congelados até dezembro.
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