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CRIME EM CAMPINAS
Secretaria da Segurança Pública autoriza entrada de policiais da capital no inquérito sobre a morte de prefeito
Polícia paulistana vai ajudar na investigação
CLAUDIO LIZA JUNIOR
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
O secretário-adjunto da Secretaria de Estado da Segurança Pública, Mário Papaterra Limongi,
anunciou ontem que será criada
uma "força-tarefa" com as polícias de Campinas e de São Paulo
para ampliar as investigações sobre o assassinato do prefeito de
Campinas (95 km de São Paulo)
Antonio da Costa Santos.
Toninho, como era conhecido o
prefeito, foi assassinado na noite
do último dia 10 com um tiro no
ombro, dentro de seu carro, um
Palio. Ele deixava o Shopping
Iguatemi, onde havia buscado
uma encomenda.
Até ontem, a apuração do crime
estava sendo feita por cinco delegados e 14 investigadores da DIG
(Delegacia de Investigações Gerais), do setor de Homicídios e da
Delegacia Seccional de Campinas.
Para ter mais tranquilidade na
condução dos trabalhos, o delegado-seccional de Campinas, Osmar Porcelli, decretou ontem sigilo de inquérito no caso.
Limongi tomou a decisão após
receber um documento de deputados apelando pela entrada do
DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) no caso e pela agilização dos laudos periciais que estão sendo feitos.
O documento, que foi assinado
pelos deputados da região Renato
Simões (PT), Célia Leão (PSDB),
Petterson Prado (PPS) e Carlos
Sampaio (PSDB), contou com a
adesão de líderes de cinco bancadas na Assembléia paulista -PT,
PC do B, PSDB, PSB e PDT.
Segundo o deputado Renato Simões, a Assembléia Legislativa irá
cobrar hoje da secretaria a divulgação das medidas específicas
que comporão a força-tarefa.
Limongi afirmou aos deputados
que entraria em contato com a
polícia de Campinas, com o
DHPP e com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) até o final da
tarde de ontem para acertar de
que forma será realizada a ação
conjunta da polícia.
"Entendemos na Assembléia
que um reforço nas investigações
é essencial, pois, apesar de o empenho ser grande, os resultados
ainda são pequenos. A polícia
campineira está trabalhando, mas
precisa de mais recursos físicos e
humanos", afirmou Simões.
A carta de reivindicações dos
deputados foi entregue a Limongi
pelos deputados Renato Simões e
Célia Leão e pelos líderes do PT e
PC do B na Assembléia, deputados Carlinhos Almeida e Jamil
Murad, respectivamente.
"O secretário-adjunto reconheceu que, geralmente, uma equipe
especial de homicídios é encaminhada para auxiliar as polícias
quando um caso como o de Toninho demora mais de 15 dias para
ser resolvido", afirmou Célia.
Porcelli disse que não havia recebido, até as 18h de ontem, nenhuma orientação sobre a formação da força-tarefa.
"Falei com o Limongi às 11h30 e
nada me foi informado", afirmou.
O delegado-seccional, no entanto,
disse que, se o Estado decidir por
ampliar a equipe de investigações,
a decisão será acatada.
Ontem, foram completados dez
dias das investigações sobre o assassinato de Toninho. Pelo menos
21 pessoas já foram ouvidas pela
polícia da cidade, entre elas a viúva do prefeito, Roseana Moraes
Garcia, que depôs ontem.
Roseana disse que o prefeito
chegou a cogitar com ela a necessidade de um esquema especial de
segurança para a filha Marina.
A viúva estava acompanhada
do advogado Ralph Tórtima Stettinger, 63. Segundo o advogado,
Roseana não soube dizer se o prefeito morto estava sendo ameaçado. Ela não chegou a comentar os
motivos de ele querer mais segurança para a filha.
Os vereadores Sebastião Arcanjo e Ângelo Barreto, ambos do PT,
disseram ter ouvido de Toninho
que ele estava sendo ameaçado.
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