DA REPORTAGEM LOCAL

O Metrô irá lançar, até o final do mês que vem, um edital de licitação para a escolha de uma empresa que será responsável pela instalação de infra-estrutura para telefonia celular em seus 49,2 quilômetros de extensão.
O usuário, no entanto, só será beneficiado no próximo ano. Uma pesquisa realizada pela companhia demonstrou que dos 2,5 milhões de passageiros diários, 48% têm celular.
A intenção, como afirmou o gerente comercial de novos negócios do Metrô, José Nader, 46, é incrementar as receitas da companhia sem aumentar a tarifa.
Os recursos arrecadados com a exploração dos espaços irão compor as receitas não-tarifárias, que atualmente representam cerca de 5% da receita total da empresa.
Nader afirmou que o modelo de concessão proposto prevê que vencerá a licitação a empresa que oferecer a melhor remuneração à companhia pelo uso do espaço.
O gerente comercial disse que a empresa cobrará uma tarifa das operadoras e, sobre a receita que tiver, o Metrô receberá um percentual, que pode variar de 10% a 20%. A concessão será de 20 anos.
Segundo Nader, há cerca de um ano as operadoras de telefonia celular demonstraram interesse em instalar antenas na extensão das linhas do metrô e, em troca, pagariam uma taxa pela utilização do espaço. Mas os técnicos da companhia entenderam que o melhor retorno seria fazer uma concessão e receber um percentual sobre o faturamento da concessionária.
Pelas contas de Nader, seria necessário um investimento de cerca de US$ 10 milhões para a instalação do equipamento e o Metrô não dispõe desses recursos.
Ele afirmou que a implantação dos equipamentos e a efetiva utilização do celular pelos passageiros acontecerão de forma gradativa. A intenção é iniciar o processo pela linha verde, porque é a região que concentra mais negócios.



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