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Promotoria investiga atuação do Metrô em fiscalização de obra
Para promotor, desencontro em túnel pode indicar negligência na fiscalização
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério Público vai investigar possível negligência
por parte do Metrô no acidente
nas obras da linha 4-amarela
(Luz-Vila Sônia), que abriu
uma cratera na estação Pinheiros e deixou sete mortos, em janeiro. A nova linha de apuração
surgiu a partir de um erro nas
escavações que causou o desencontro dos túneis, revelado pela Folha anteontem.
Para o promotor criminal
Arnaldo Hossepian Júnior, a
própria afirmação do Metrô, de
ser o desencontro um "erro significativo", põe em dúvida o
trabalho da auditoria da estatal, obrigada pelo contrato a
fiscalizar o andamento da obra.
"Se esse erro significativo foi
detectado em determinado
ponto da linha amarela, é possível que esse erro venha a se
configurar aqui [Pinheiros]",
disse ele. "Se isso se configurar,
configurado também estará a
negligência por parte da fiscalização feita pelo Metrô."
O Metrô fala em um desencontro de 80 cm entre as duas
frentes de escavação -operários chegaram a citar 1,5 m.
Outro lado
O Metrô disse que a investigação do acidente de Pinheiros
está "a cargo do Ministério Público, do Instituto de Criminalística e da Polícia Científica,
razão pela qual só irá se manifestar quando receber solicitação" desses órgãos. O Consórcio Via Amarela, responsável pela obra, disse que "desconhece o assunto em questão, mas
vê com absoluta tranqüilidade
qualquer investigação".
O Metrô voltou a se negar a
dar entrevista à Folha para falar do desencontro. Marcello
Borg, gerente de comunicação
e marketing da companhia, disse tratar de norma interna. Nas
últimas semanas, entrevistas
só foram dadas a outros veículos de comunicação. O motivo
da norma não foi revelado.
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