São Paulo, domingo, 21 de outubro de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ELEIÇÕES NA USP

Propostas incluem maior atenção a atividades culturais e reserva de vagas para melhores alunos de escolas públicas

Candidatos pregam maior atuação social

DA REPORTAGEM LOCAL

Nem todos os candidatos compartilham da mesma visão a respeito da participação da USP nos rumos da sociedade.
O professor Antonio Marcos Massola, diretor da Escola Politécnica, diz acreditar que a universidade participa muito pouco de ações para contribuir com o país de forma real e tem a obrigação de fazê-lo muito mais.
Para a pró-reitora de Graduação, Ada Pellegrini Grinover, essa é exatamente a vocação da USP. "Nesta gestão, foram abertos seminários e debates sobre os grandes temas regionais e nacionais", afirma Ada.
"A universidade tem sido vista como um universo quase impermeável. É preciso dissipar essa imagem, abrindo suas portas à sociedade. As atividades culturais e de extensão devem ser entendidas como fundamentais, e não complementares", diz o prefeito do campus da capital, o físico Gil da Costa Marques.
"Uma das prioridades do meu programa se refere à necessidade de um maior envolvimento e compromisso da USP com a sociedade", afirma a professora Magda Carneiro Sampaio. "Trago uma proposta de reservar um certo número de vagas em todos os cursos de graduação para os melhores alunos das escolas públicas", completa ela.
O professor Erney Camargo acredita que, "para cumprir essas missões maiores, a universidade precisaria superar sua condição atual de mera federação de faculdades e institutos".
O pró-reitor de pesquisa, Hernan Guralnik, diz que a "perversa iniquidade social, a violência e a crise ambiental são temas em que a contribuição da USP pode se tornar relevante".
Para o vice-reitor, Adolpho Melfi, a USP já vem desempenhando importante papel dentro da sociedade. "Entretanto, algumas ações poderiam promover um crescimento dessas atividades, como o apoio à participação de grupos de pesquisa em projetos de relevância social."
O professor Tupã Corrêa diz que a universidade precisa se abrir, democratizar seu acesso e entender que não basta ser importante apenas na pesquisa. O professor Jair Borin não comentou o assunto.



Texto Anterior: Processo ocorre de forma indireta na universidade
Próximo Texto: Vestibular: 1ª fase da FGV-SP acontece hoje para 3.628 alunos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.