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ELEIÇÕES NA USP
Propostas incluem maior atenção a atividades culturais e reserva de vagas para melhores alunos de escolas públicas
Candidatos pregam maior atuação social
DA REPORTAGEM LOCAL
Nem todos os candidatos compartilham da mesma visão a respeito da participação da USP nos
rumos da sociedade.
O professor Antonio Marcos
Massola, diretor da Escola Politécnica, diz acreditar que a universidade participa muito pouco
de ações para contribuir com o
país de forma real e tem a obrigação de fazê-lo muito mais.
Para a pró-reitora de Graduação, Ada Pellegrini Grinover, essa
é exatamente a vocação da USP.
"Nesta gestão, foram abertos seminários e debates sobre os grandes temas regionais e nacionais",
afirma Ada.
"A universidade tem sido vista
como um universo quase impermeável. É preciso dissipar essa
imagem, abrindo suas portas à sociedade. As atividades culturais e
de extensão devem ser entendidas
como fundamentais, e não complementares", diz o prefeito do
campus da capital, o físico Gil da
Costa Marques.
"Uma das prioridades do meu
programa se refere à necessidade
de um maior envolvimento e
compromisso da USP com a sociedade", afirma a professora
Magda Carneiro Sampaio. "Trago
uma proposta de reservar um certo número de vagas em todos os
cursos de graduação para os melhores alunos das escolas públicas", completa ela.
O professor Erney Camargo
acredita que, "para cumprir essas
missões maiores, a universidade
precisaria superar sua condição
atual de mera federação de faculdades e institutos".
O pró-reitor de pesquisa, Hernan Guralnik, diz que a "perversa
iniquidade social, a violência e a
crise ambiental são temas em que
a contribuição da USP pode se
tornar relevante".
Para o vice-reitor, Adolpho
Melfi, a USP já vem desempenhando importante papel dentro
da sociedade. "Entretanto, algumas ações poderiam promover
um crescimento dessas atividades, como o apoio à participação
de grupos de pesquisa em projetos de relevância social."
O professor Tupã Corrêa diz
que a universidade precisa se
abrir, democratizar seu acesso e
entender que não basta ser importante apenas na pesquisa. O
professor Jair Borin não comentou o assunto.
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