DA REPORTAGEM LOCAL

Quando questionado sobre a forma como os idosos são tratados, o aposentado Paulo Cerini, 68, não precisa pensar muito para lembrar um caso de desrespeito. "Hoje eu saí às 5h da minha casa, em Osasco, para vir ao posto do INSS. Foi uma hora de ônibus e eu vim em pé o tempo todo", conta.
Cerini chegou às 6h ao posto, na Água Branca (zona oeste de SP). Às 12h, permanecia em pé, na fila.
Segundo a gerente-executiva do INSS-SP Norte, Mariza Scaranzi, o posto atende cerca de mil pessoas por dia, e a maioria são idosos, doentes ou deficientes físicos.
Ao lado de Cerini, Lourdes Nogueira Valente, 70, lembrou que há uma agressividade contra os idosos. "Semana passada, fui atravessar a rua e um motoqueiro quase me atropelou. Ele ainda me xingou: "Ô velha tonta!"."


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