São Paulo, quarta, 21 de outubro de 1998

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Dívida acumulada de federais é de R$ 40 mi

MARTA AVANCINI
da Reportagem Local

As universidades federais têm uma dívida acumulada de R$ 40 milhões, referente a pagamentos pendentes do ano de 97. A estimativa é da Andifes (Associação dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior).
Para saldar a dívida, os reitores estavam negociando com o Ministério da Educação uma suplementação da ordem de R$ 50 milhões.
O orçamento para custeio de todas as universidades -onde as restrições foram aplicadas- era de R$ 370 milhões para 98. Esse valor inclui as despesas com manutenção (contas de luz, água, telefone, limpeza, segurança etc.).
A folha de pagamento dos professores e funcionários entra em outro orçamento.
São, ao todo, 52 instituições em todo o país (entre universidades, faculdades e unidades isoladas), que atendem a cerca de 500 mil alunos de graduação e pós-graduação.
Para definir o orçamento para custeio de cada universidade, o MEC usa uma matriz que combina uma série de indicadores, como número de alunos, funcionários, professores, titulação de professores e produção de teses.
A partir disso, é elaborada uma proposta orçamentária que é encaminhada ao Congresso Nacional para ser aprovada. Com base nos valores aprovados, o orçamento é executado por meio de repasses mensais.
O presidente da Andifes, José Ivonildo do Rêgo, diz acreditar que pelo menos parte dos recursos bloqueados será liberada.
No entanto, ele avalia que as dificuldades das federais permanecem, já que que as dívidas pendentes vão continuar sendo roladas e aumentando, caso não sejam liberados recursos suficientes para pagá-las. "No governo, parece que a educação só é prioridade dentro do MEC."
Além disso, por causa do bloqueio, as instituições não podem fazer licitações para contratar serviços -inclusive os básicos, como limpeza e segurança. "Se o bloqueio não for suspenso, não temos como pagar conta de luz", diz Rêgo, referindo-se à universidade da qual é reitor, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que deve gastar R$ 100 mil com luz até o fim do ano.



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