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CRIME
Dona-de-casa foi presa sob acusação de injúria com preconceito
Policial prende dona-de-casa após ser chamado de 'macaco' no Rio
da Sucursal do Rio
A dona-de-casa Mirtes de Góes
Tassaka, 42, está presa desde anteontem na 15ª DP (Delegacia Policial), na Gávea (zona sul), sob
acusação de racismo contra o cabo
PM João Carlos Justi.
Mirtes Tassaka foi presa em flagrante pelo próprio policial em
frente ao Barrashopping, na Barra
da Tijuca. Ela nega a acusação.
Segundo o registro feito na delegacia, a dona-de-casa pediu informações ao PM sobre onde poderia
pegar uma van. Ele teria respondido que as vans são um transporte
clandestino e que ele estava na
frente do shopping para impedir
que elas estacionassem ali.
A dona-de-casa e o PM discutiram. De acordo com o depoimento do PM, Mirtes Tassaka o chamou, então, de "crioulo sujo" e
"macaco". Justi deu voz de prisão à dona-de-casa, e ela teria resistido à prisão.
"Segundo testemunhas que estamos ouvindo, foi aí que ela disse
que ainda não tinha xingado o
PM, mas ia fazer isso. Então disse
que ele era "crioulo sujo' e "macaco' e acabou presa", disse a delegada Elizabeth Cayres, da 16ª DP.
Mirtes Tassaka foi acusada por
desacato à autoridade, resistência
à prisão e injúria com preconceito.
"Os outros crimes seriam afiançáveis, mas a injúria com preconceito, não", disse a delegada. Mirtes
Tassaka negou ter xingado o PM.
Disse que é filha de um mulato, casada com um descendente de japoneses e que todo mundo tem
"um pezinho na África".
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