São Paulo, quinta-feira, 21 de novembro de 2002

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ACIDENTE

Fogo atingiu prédio do Itaú na rua Alfredo Pujol e se alastrou rapidamente; dois morreram em decorrência da exposição à fumaça

Incêndio em Santana mata 2 e fere 13

Gilberto Marques/Folha Imagem
Carro de bombeiros em frente ao prédio administrativo do banco Itaú; incêndio começou no 2º andar


DA REPORTAGEM LOCAL

Um incêndio em um prédio de sete andares ontem em Santana, na zona norte de São Paulo, matou duas pessoas e feriu outras 13, entre elas três bombeiros e uma mulher grávida.
O fogo começou por volta das 15h no segundo andar do edifício, onde funciona uma das bases regionais do banco Itaú em São Paulo. Cerca de 60 pessoas estavam no local.
Houve correria, e pessoas ficaram isoladas. A fumaça escura dificultou a saída e a verificação sobre a quantidade de vítimas.
Os dois mortos tiveram asfixia por conta do excesso de fumaça que inalaram. "Demorou para sair porque tinha muita fumaça", disse um funcionário que estava no quarto andar.
Os outros feridos foram atendidos em hospitais da região. A gestante Rosana Pacine Modesto, 41, foi liberada após exames demonstrarem que não houve dano à criança. Os três bombeiros não correram risco de morte.
À noite, o banco divulgou no nome dos mortos: Moisés Santos Tavares, gerente do setor que pegou fogo, e Jaime Celestino Filho, motorista de empresa que presta serviços ao Itaú. Segundo a assessoria do banco, as famílias estão recebendo apoio.
Três integrantes da brigada de incêndio do Itaú deram início à desocupação do local, coordenada em seguida pelos bombeiros. As chamas se alastraram rapidamente pelo segundo andar.
O material armazenado no almoxarifado -papéis, fitas para computador e outros materiais- facilitou a propagação do incêndio, segundo os bombeiros.
Vizinhos testemunharam cenas de pânico e correria. "Tinha muita fumaça e as pessoas saíam chorando, com os olhos vermelhos", disse o segurança Weldes Oliveira Souza, 28 anos, que mora no terceiro andar de um prédio vizinho.
Uma hora depois do início do incêndio, começaram a ocorrer explosões. Moradores de um prédio vizinho, de quatro andares, tiveram de sair às pressas de casa.
Por duas horas, os bombeiros usaram mangueiras para resfriar as paredes. Depois, entraram no segundo andar, controlando as chamas por volta das 17h30.
Cerca de 80 bombeiros agiram no local. Foram usados hidrantes do prédio do Itaú e do edifício vizinho, além de três caminhões com 18 mil litros cada um.
Segundo o coronel Wagner Ferrari, comandante do Corpo de Bombeiros, não era possível saber ontem a causa do incêndio.
O Itaú estima que cerca de cem pessoas circulem pelo prédio diariamente. (ALESSANDRO SILVA E FABIANE LEITE)


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