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EDUCAÇÃO
Hospital também pode suspender atendimento
UFMG suspende pagamento de energia elétrica, água e telefone
FERNANDA KRAKOVICS
DA AGÊNCIA FOLHA
A UFMG (Universidade Federal
de Minas Gerais) decidiu suspender o pagamento de serviços essenciais como energia elétrica,
água e telefone devido a um déficit financeiro de aproximadamente R$ 2,2 milhões. A decisão
foi tomada pelo conselho universitário anteontem. A assessoria
afirmou que os fornecedores já
foram informados e a princípio
não vai haver corte dos serviços.
Segundo a reitora Ana Lúcia
Gazzola, a receita da universidade
é de R$ 5,7 milhões, e a despesa
prevista até 31 de dezembro é de
R$ 7,9 milhões. Para ela, um dos
aspectos mais "dramáticos" da
crise orçamentária refere-se ao
Hospital das Clínicas. A unidade
está com um déficit de R$ 600 mil
por mês e poderá suspender o
serviço de pronto-atendimento.
Para fechar as contas, a UFMG
precisaria receber R$ 2,1 milhões
previstos na emenda chamada
Andifes e remanejar R$ 1,4 milhão da rubrica "benefícios para
custeio". "Queremos fazer como
a UFRJ quando teve a luz cortada.
A solução encontrada emergencialmente foi usar a verba para benefícios, que não tinha sido utilizada integralmente", afirmou.
Outra queixa da UFMG é quanto ao atraso no repasse mensal do
duodécimo (1/12 do orçamento
das universidades). O governo federal tem depositado apenas 30%
do valor até o dia 10, limite para o
pagamento. O restante tem sido
pago apenas no final do mês.
Outro lado
A assessoria do Ministério da
Educação afirmou que o atraso
no repasse do duodécimo deve-se
ao contingenciamento do orçamento, que seria um problema de
todo o serviço público federal.
A Andifes (Associação Nacional
dos Dirigentes das Instituições
Federais de Ensino Superior) encaminhou ofício ao ministro Paulo Renato pedindo liberação do
orçamento das Ifes (instituições
federais de ensino superior) para
2002 e sanção presidencial ao projeto de lei que remaneja saldo de
vale-transporte para custeio.
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