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SAÚDE
Médicos procuram assegurar a qualificação continuada
Encontro de cirurgia plástica quer mudar a imagem de prática fútil
DA REDAÇÃO
A cirurgia plástica estética quer
se distanciar da imagem de procedimento fútil e vaidoso, cercado
de riscos médicos desnecessários.
Quer também lembrar o conceito
da Organização Mundial da Saúde, segundo o qual estar saudável
não significa apenas não estar
doente fisicamente, mas se sentir
bem mental e emocionalmente.
Essa foi uma das bandeiras lembradas ontem à noite, em Salvador, na abertura do 39º Congresso
Brasileiro de Cirurgia Plástica. O
encontro é realizado desde 1956
pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), que conta
hoje com 3.700 sócios. "O Brasil
tem a maior e a mais experiente
equipe de cirurgiões plásticos depois dos EUA, que têm 5.000 profissionais", disse Luiz Carlos Celi
Garcia, presidente da SBCP.
Um dos temas do encontro é o
fortalecimento da sociedade. "A
SBCP sempre saiu na frente, mesmo em situações que poderiam
ameaçar a credibilidade da cirurgia plástica", diz Garcia. "Quando
surgiram denúncias de más práticas ou de irresponsabilidade de
profissionais, a sociedade foi a
primeira a agir."
Segundo a SBCP, por conta das
queimaduras e vítimas da violência das cidades, o número de operações reparadoras se aproxima
das cirurgias estéticas.
Alguns convênios médicos, no
entanto, ainda resistem em fazer
cirurgia de redução da mama,
mesmo em mulheres que sofrem
com problemas de coluna. Nos
hospitais públicos que dispõem
de serviços especializados, a espera para alguns tipos de cirurgia
passa de dois anos.
No entender da sociedade, a imprensa vem contribuindo para
que a cirurgia plástica seja vista e
aceita como uma especialidade
médica séria. Como reconhecimento, a direção da SBCP criou
neste ano o Prêmio Jornalista
2002 da Cirurgia Plástica Brasileira. O homenageado, na noite de
ontem, foi o jornalista Aureliano
Biancarelli, da Folha.
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