São Paulo, quinta-feira, 21 de novembro de 2002

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SAÚDE

Médicos procuram assegurar a qualificação continuada

Encontro de cirurgia plástica quer mudar a imagem de prática fútil

DA REDAÇÃO

A cirurgia plástica estética quer se distanciar da imagem de procedimento fútil e vaidoso, cercado de riscos médicos desnecessários. Quer também lembrar o conceito da Organização Mundial da Saúde, segundo o qual estar saudável não significa apenas não estar doente fisicamente, mas se sentir bem mental e emocionalmente.
Essa foi uma das bandeiras lembradas ontem à noite, em Salvador, na abertura do 39º Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica. O encontro é realizado desde 1956 pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), que conta hoje com 3.700 sócios. "O Brasil tem a maior e a mais experiente equipe de cirurgiões plásticos depois dos EUA, que têm 5.000 profissionais", disse Luiz Carlos Celi Garcia, presidente da SBCP.
Um dos temas do encontro é o fortalecimento da sociedade. "A SBCP sempre saiu na frente, mesmo em situações que poderiam ameaçar a credibilidade da cirurgia plástica", diz Garcia. "Quando surgiram denúncias de más práticas ou de irresponsabilidade de profissionais, a sociedade foi a primeira a agir."
Segundo a SBCP, por conta das queimaduras e vítimas da violência das cidades, o número de operações reparadoras se aproxima das cirurgias estéticas.
Alguns convênios médicos, no entanto, ainda resistem em fazer cirurgia de redução da mama, mesmo em mulheres que sofrem com problemas de coluna. Nos hospitais públicos que dispõem de serviços especializados, a espera para alguns tipos de cirurgia passa de dois anos.
No entender da sociedade, a imprensa vem contribuindo para que a cirurgia plástica seja vista e aceita como uma especialidade médica séria. Como reconhecimento, a direção da SBCP criou neste ano o Prêmio Jornalista 2002 da Cirurgia Plástica Brasileira. O homenageado, na noite de ontem, foi o jornalista Aureliano Biancarelli, da Folha.


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