DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DO RIO

O Hino Nacional em ritmo afro, atos cívicos, shows de música e dança marcaram as comemorações, no Rio e em São Paulo, do Dia Nacional da Consciência Negra, com homenagens a Zumbi.
Em São Paulo, a data marcou a criação do Museu Afro-Brasil, no parque Ibirapuera (zona sul).
Um evento na praça da República (centro) teve uma feira afrocultural, além de shows de rap e apresentações de dança. Por volta das 15h, o movimento Educafro, que trabalha com a educação de jovens negros, promoveu um ato no banco Itaú, na rua 7 de abril. Eles entregaram uma carta ao gerente e colocaram currículos de jovens negros na porta do banco.
Segundo a entidade, o Itaú é o banco que mais discrimina os negros. O banco nega e diz que possui um código de ética que proíbe qualquer tipo de discriminação.
A prefeita Marta Suplicy (PT) anunciou que sancionará o projeto que transforma o Dia Nacional da Consciência Negra em feriado.
No Rio, as homenagens começaram com um ato no centro da cidade, próximo ao monumento a Zumbi dos Palmares. Cerca de 400 pessoas participaram do evento, que teve shows e desfile com alunos de escolas públicas.
O coordenador da ONG Ceap (Centro de Articulação de Populações Marginalizadas), Ivanir dos Santos, disse que algumas prefeituras dos municípios do interior descumpriram a lei que transformou em feriado estadual o dia 20 de novembro -escolhido em homenagem ao dia da morte de Zumbi, em 1695.
"Estamos vendo até que ponto isso aconteceu e vamos estudar medidas cabíveis. Se os prefeitos respeitam os demais feriados, por que não o de Zumbi?", afirmou.
No escritório regional do Ministério da Fazenda, também não foi feriado. Os funcionários receberam ordem de ir trabalhar e houve expediente, ainda que precário.


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