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SEGURANÇA
Vítima usava colete à prova de balas desde 2002
Fazendeiro sobrevivente de dois atentados é assassinado em SP
KATIUCIA MAGALHÃES
FREE-LANCE PARA A FOLHA RIBEIRÃO
O fazendeiro Brasilino Dias Ramos, 50, sobrevivente de um atentado ocorrido em outubro de
2002, na Bahia, foi assassinado
anteontem à noite com vários tiros na cabeça dentro de sua oficina mecânica, no Jardim Independência, em Cravinhos (SP).
Ramos usava um colete à prova
de balas desde setembro do ano
passado, quando foi vítima de um
atentado a tiros, também em Cravinhos, e levou um tiro no braço e
outro na barriga.
O motorista Aparecido Donizete da Silveira, 38, que estava com
Ramos, foi baleado no ombro e na
perna, mas sobreviveu. O funcionário público Márcio Augusto
Fontólio de Andrade, 42, que estava na oficina, levou dois tiros,
mas não corre risco de morte.
Para o delegado Carlos Sérgio
Marzzola, 45, o assassinato está
relacionado a um episódio ocorrido em 26 de outubro de 2002 em
São Desidério (BA). Segundo
Marzzola, o fazendeiro sobreviveu a uma chacina ocorrida naquele dia, na qual teriam morrido
um sobrinho, um irmão e dois
funcionários de Ramos. A chacina não foi comprovada porque os
corpos não foram encontrados.
A delegada da cidade, Auricélia
Ribeiro Santarém, 71, concluiu o
inquérito como tentativa de homicídio, indiciando o fazendeiro
Roberto de Souza Leão Filho, 57, e
mais três homens. Os crimes estariam ligados à disputa pela fazenda Natália, que pertencia a Ramos
por causa de uma liminar concedida a ele pela Justiça baiana.
A juíza de São Desidério Carla
Gregoretti disse à Folha que o
processo sobre a posse da propriedade ainda não terminou.
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