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Para museu, uso de vigias é mais eficiente
Direção do Masp afirma que esse modelo de segurança segue padrões internacionais adotados em outros museus pelo mundo
Delegado diz considerar a segurança do local "boa";
museu tem planos de melhorar segurança com a
instalação de equipamentos
DA REPORTAGEM LOCAL
O Masp informou por meio
de sua assessoria de imprensa
que considera o uso de vigilantes em sistema de ronda a mais
eficiente forma de segurança
para as obras de arte.
Vigilantes, na avaliação da direção do museu, ouvem, olham
e falam -e esse tipo de intervenção humana funciona melhor do que sensores ou alarmes. Tanto que o museu nunca
havia sofrido nenhum roubo ou
furto em 60 anos.
De acordo com o Masp, esse
modelo de segurança segue os
mesmos padrões internacionais adotados em outros museus pelo mundo.
Para o delegado Marcos Gomes de Moura, titular do 78º
Distrito Policial, nos Jardins,
que investiga o furto, "a segurança do Masp é boa".
O museu tem planos de incluir um sistema misto de segurança, que mescla equipamentos eletrônicos e ação dos vigilantes. A Folha apurou, no entanto, que o Masp não dispõe
de recursos para fazer esse tipo
de investimento.
As verbas que a prefeitura dá
ao museu são suficientes apenas para o pagamento de funcionários e custeio da instituição, segundo o Masp.
O presidente do Masp, Julio
Neves, não quis dar entrevistas
ontem para comentar o furto
nem falar sobre o sistema de
segurança do museu, o mais
importante da América Latina.
Incentivo
O museu conseguiu no último dia 14 um meio para implantar um novo sistema de segurança. O Ministério da Cultura aprovou um projeto de incentivos para o Masp, por meio
da Lei Rouanet, segundo o qual
o museu poderá captar até
R$ 8,1 milhões para uso na infra-estrutura do prédio.
Os recursos desse programa
devem ser usados para reformar o edifício e implantar o novo sistema de segurança, segundo a Folha apurou.
Outro problema no sistema
de segurança são as câmeras de
monitoramento de TV. Elas
não possuem um sensor infravermelho para captar imagens
com qualidade e nitidez no escuro. A qualidade das imagens
é tão precária que a sua resolução terá de ser melhorada por
equipamentos do Instituto de
Criminalística da Polícia Civil.
A Polícia Militar já chegou a
manter carros dentro do vão livre do museu durante dias de
grande concentração de pessoas no local.
Ontem, a PM informou que
somente o entorno do Masp foi
patrulhado por carros oficiais e
da Força Tática.
A polícia informou também
que não entra com seu carro no
vão livre porque a segurança do
Masp é privada e cabe a eles vigiar o local.
(MARIO CESAR CARVALHO E KLEBER TOMAZ)
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