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Rapaz mata a ex-mulher, faz 15 reféns e depois se suicida na Bahia
Inconformado com o fim da relação, o jovem ainda feriu o pai e a avó da moça
CÍNTIA ACAYABA
DA AGÊNCIA FOLHA
Um jovem inconformado
com o fim do relacionamento
matou a ex-mulher, feriu dois
parentes dela, fez 15 pessoas reféns e depois se matou em Teixeira de Freitas (836 km de Salvador). O caso ocorreu na noite
de anteontem.
O desempregado Jéferson
Marcelino, 28, que morou durante cerca de quatro anos com
a nutricionista Caroline
Brauer, 29, entrou na casa da
ex-mulher, que, desde o fim do
relacionamento, em 2006, voltou a morar com os pais, e disparou contra ela, de acordo
com a Polícia Civil. Na casa, estava ocorrendo uma confraternização familiar.
Segundo o delegado Nelis
Araújo Júnior, da 8ª Coorpin
(Coordenadoria de Polícia do
Interior), logo que entrou, por
volta das 17h, Marcelino atirou
três vezes contra Caroline: no
tórax, nas costas e na nuca.
"Depois de atirar na menina,
a intenção dele era matar o
maior número de pessoas possível. No caminho da garagem
até a sala, ele encontrou pessoas que correram para banheiros, quartos e, inclusive, esconderam-se em guarda-roupas",
afirmou o delegado.
Marcelino avistou o pai e a
avó da nutricionista na sala e
disparou contra eles. Abelardo
Brauer, 55, foi atingido no peito
e Oscarlina Brauer, de aproximadamente 80 anos, levou um
tiro de raspão no braço.
"Nesse momento, ele percebeu que a polícia chegou ao local e retornou para a entrada da
casa. Ele se sentou numa cadeira, usou o corpo da jovem como
escudo e apontou a arma contra a cabeça dela", disse Araújo.
Por volta das 18h, a Polícia
Militar e a Polícia Civil começaram a negociação com Marcelino. "Quinze pessoas ficaram
confinadas em um quarto no
segundo andar. Num momento
em que Marcelino estava distraído, policias subiram e as
resgataram pela janela", contou o delegado.
Na seqüência, a polícia constatou que a mulher já estava
morta. A PM arremessou uma
granada de luz e som e entrou
na casa. Marcelino atirou contra a própria cabeça. Morreu no
hospital de Teixeira de Freitas
por volta das 22h.
Tanto a avó como o pai da nutricionista não correm risco de
morte. Marcelino foi preso no
dia 26 de outubro de 2006 por
agressão e porte ilegal de arma.
Depois de 30 dias, recebeu liberdade provisória.
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