São Paulo, terça-feira, 22 de fevereiro de 2000


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Crise levou garoto ao crime

da Reportagem Local

A dona-de-casa Rosa (nome fictício) afirma que seu filho acabou no crime após sucessivos desentendimentos com o pai, que bebia e o agredia. ""Até os 15 anos, antes disso, ele estudava e não tinha do que reclamar dele."
Os responsáveis pelo encaminhamento, segundo ela, foram vizinhos adultos que já praticavam roubos na periferia de São Paulo e que chegaram a oferecer um arma para que o garoto matasse o pai.
Da primeira vez que foi apreendido pela polícia, há dois anos, ele estava com uma arma.
Da segunda vez, estava dentro de um carro roubado saindo de um shopping.
O ingresso no mundo do crime foi seguido da desistência da escola e do desemprego.
No ano passado, o garoto A., então com 16 anos, passou nove meses internado na Febem Imigrantes, de onde escapou na megafuga registrada em setembro.

Futuro
Há uma semana, ele foi apreendido de novo pela polícia, portando uma arma. ""É que ele está sendo ameaçado e, por isso, estava tentando se proteger", disse a mãe, que agora tenta levar o filho para o interior do Estado.
Da última vez que saiu da Febem, o garoto foi jurado de morte e seu pai sofreu um atentado.
Carlos (nome fictício) levou um tiro no peito quando passava em frente de uma padaria.
""Disseram que o confundiram com meu garoto", disse ela.


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