São Paulo, terça-feira, 22 de fevereiro de 2000


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Estudo mostra perfil de infrator

da Reportagem Local

O adolescente infrator atendido pela Promotoria da Infância e da Juventude de São Paulo tem mais de 17 anos, é de família cuja renda mensal não passa de três salários mínimos (R$ 406), chegou ao ensino médio e está desempregado.
O perfil aparece na estatística de casos recebidos no ano passado pelo Ministério Público.
O assalto lidera o ranking das infrações mais cometidas, com 27,77% dos casos. Em segundo, está o furto (14,46%), depois dirigir sem habilitação (11,95%) e lesões corporais (8,69%).
No período da crise na Febem, de agosto a dezembro do ano passado, o número de roubos e furtos subiu. Os roubos chegaram a representar 48,68% dos atendimentos. Os furtos atingiram 22,30%.
Em geral, cerca de 1.400 garotos passam mensalmente pela promotoria acusados de ter cometido algum tipo de crime. Somente os casos mais graves, como roubos e furtos, terminam em internações.
""Alguns garotos ainda sentem que vale a pena a infração por causa da benevolência da legislação", afirma o promotor Ebenézer Salgado Soares. Ele se diz favorável à redução da idade penal e de mudanças no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).
De acordo com o juiz Régis Bonvicino, a lei em questão não chegou a ser implantada em sua totalidade para que pudesse ter seus efeitos questionados.
""A Febem, por exemplo, nunca esteve tão desestruturada", afirmou Bonvicino. (AS)



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