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Estudo mostra perfil de infrator
da Reportagem Local
O adolescente infrator atendido
pela Promotoria da Infância e da
Juventude de São Paulo tem mais
de 17 anos, é de família cuja renda
mensal não passa de três salários
mínimos (R$ 406), chegou ao ensino médio e está desempregado.
O perfil aparece na estatística de
casos recebidos no ano passado
pelo Ministério Público.
O assalto lidera o ranking das
infrações mais cometidas, com
27,77% dos casos. Em segundo,
está o furto (14,46%), depois dirigir sem habilitação (11,95%) e lesões corporais (8,69%).
No período da crise na Febem,
de agosto a dezembro do ano passado, o número de roubos e furtos
subiu. Os roubos chegaram a representar 48,68% dos atendimentos. Os furtos atingiram 22,30%.
Em geral, cerca de 1.400 garotos
passam mensalmente pela promotoria acusados de ter cometido
algum tipo de crime. Somente os
casos mais graves, como roubos e
furtos, terminam em internações.
""Alguns garotos ainda sentem
que vale a pena a infração por
causa da benevolência da legislação", afirma o promotor Ebenézer Salgado Soares. Ele se diz favorável à redução da idade penal e
de mudanças no ECA (Estatuto
da Criança e do Adolescente).
De acordo com o juiz Régis
Bonvicino, a lei em questão não
chegou a ser implantada em sua
totalidade para que pudesse ter
seus efeitos questionados.
""A Febem, por exemplo, nunca
esteve tão desestruturada", afirmou Bonvicino.
(AS)
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