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O PODER DO CRIME
Governador interino e secretário da Administração Penitenciária confirmam suspensão de visitas em 13 presídios no fim-de-semana
Alckmin descarta trégua proposta pelo PCC
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador interino de São
Paulo, Geraldo Alckmin, disse,
por meio de sua assessoria, que
não há possibilidade de aceitar a
trégua proposta pelos líderes do
PCC. Alckmin afirmou que, se o
juiz-corregedor transferir os integrantes da facção da Casa de Custódia de Taubaté, vai "comprar
uma briga" com o Estado.
Alckmin e o secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, disseram, em entrevista no Palácio dos Bandeirantes,
que vão manter a suspensão de visitas em 13 presídios no fim-de-semana e que o Estado está preparado para novos motins em penitenciárias. "Não existe exigência
de crime organizado. É uma coisa
descabida", afirmou Alckmin.
Segundo Furukawa, mais agentes serão convocados e será pedido um reforço do policiamento
militar nas unidades. Ele não deu
detalhes do aumento de efetivo.
"Se os presos não entenderam
que a restrição é uma medida de
segurança, vamos estar preparados. Mas acredito que haverá
bom senso", disse o secretário.
Alckmin encaminhou ontem
projeto à Assembléia Legislativa
que prevê a criação de 1.507 vagas
para funcionários no sistema penitenciário -1.308 para agentes
de segurança.
O governador também anunciou a criação de 12 mil vagas para
presos até o ano que vem, com a
finalização de novas unidades.
O secretário da Segurança Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi,
também afirmou que o governo
vai "endurecer". "Os presos têm
alguns direitos que talvez estejam
sendo executados de forma que
não privilegie a disciplina. Se quebraram a cadeia, vão aguentar por
um tempo. Se queimaram colchão, vão ficar um tempo sem colchão. Temos de ser mais duros."
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