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Grupo toma refém em Andradina e
consegue negociar transferências
EDMILSON ZANETTI
DA AGÊNCIA FOLHA,
EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
Um grupo ligado ao PCC pediu,
e o Estado concedeu, a transferência de sete presos depois que um
condenado foi tomado como refém na Penitenciária de Andradina, no interior de São Paulo.
A negociação aconteceu anteontem à noite, um dia depois
que três presos morreram asfixiados ao ficarem mais de seis horas
dentro de um carro da polícia, no
pátio da penitenciária. Outros três
foram retirados do veículo desmaiados.
O diretor de segurança e disciplina do presídio, Carlos Xavier,
foi afastado do cargo até que sejam apuradas responsabilidades
pelas mortes, segundo o coordenador da Coespe (Coordenadoria
dos Estabelecimentos Penitenciários), Sérgio Salvador.
Segundo a polícia, os seis que
estavam no carro pertenciam a
um grupo de 11 presos que tinham sido isolados em uma cela
na sexta-feira, depois que a direção do presídio descobriu um plano de rebelião para o domingo.
Os cinco que ficaram na cela,
com outros dois presos, tomaram
um deles como refém anteontem,
por volta das 21h, e ameaçaram
matá-lo se não fossem atendidos.
Eles queriam ir para o pavilhão
para incitar os outros detentos
-mais de 800- "a quebrar tudo" porque haviam matado "um
irmão", conforme diziam.
O grupo rebelde escolheu os
presídios para onde queria ir, exigiu não viajar à noite e incluiu na
lista de transferências dois presos
de outras celas.
Para evitar mais uma morte, todos os pedidos foram atendidos,
segundo o juiz-corregedor dos
presídios na cidade, Rodrigo Pares Andreucci, que acompanhou
as negociações.
A assessoria da Secretaria da
Administração Penitenciária informou desconhecer o episódio.
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