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Motim de presos em Pirajuí acaba
com três feridos e um decapitado
ELIANE SILVA
DA AGÊNCIA FOLHA,
EM RIBEIRÃO PRETO
Um preso decapitado e três feridos graves. Esse foi o resultado da
rebelião de 15 horas dos 870 presos da Penitenciária 1 de Pirajuí
(400 km a noroeste de SP). O motim terminou ontem, às 5h30,
com a libertação dos sete agentes
penitenciários feitos reféns.
Segundo o coronel Luiz Roberto Carchedi, subcomandante da
Polícia Militar na região de Bauru,
a revolta foi um ato de apoio ao
PCC e uma resposta às cobranças
dos detentos de Pirajuí 2, que já tinham matado um companheiro
no domingo e cortado sua cabeça.
Seis detentos ligados ao PCC,
que tinham sido transferidos de
Guarulhos na segunda-feira, comandados pelo preso conhecido
como "Chacal", lideraram a rebelião na Pirajuí 1.
O corpo e a cabeça do assaltante
Ronaldo Certório, 26, de Ribeirão
Preto, foram jogados da muralha
que cerca a penitenciária.
Manoel Batista Barbosa, 49,
Paulo César Pereira, 30, e Antonio
Pereira Gomes, 29, foram espancados no telhado e obrigados a
saltar. Todas as vítimas estavam
no "seguro" (área destinada aos
presos que estão ameaçados de
morte). Os três foram internados
em estado grave na Santa Casa.
Há duas versões para as agressões. Uma delas é que os quatro
seriam estupradores. Outra diz
que pertenceriam a uma facção rival ao PCC. A Agência Folha tentou ouvir o diretor Antonio Paulo
Veronezzi, mas ele não atendeu a
reportagem. Os funcionários do
presídio não deram informações.
Na noite de anteontem, os presos exigiram um celular e a transferência de 12 sentenciados para a
Casa de Detenção, em São Paulo.
Policiais militares permaneceram cercando a penitenciária à
noite. A tropa de choque deveria
entrar no local às 6h se os presos
não soltassem os reféns.
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