JOÃO CARLOS SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os cinco projetos sociais prometidos por Marta Suplicy (PT) em campanha vão ter início simultâneo, em quatro meses, segundo o coordenador de projetos sociais e futuro secretário do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade, Marcio Pochmann.
A implantação de todos os projetos -Renda Mínima, Bolsa-Trabalho, Começar de Novo, Banco do Povo e o Economia Solidaria - ainda neste ano é uma meta pessoal da prefeita.
O secretário das Finanças, João Sayad, já afirmou mais de uma vez que o Orçamento deste ano da Prefeitura de São Paulo poderia impor dificuldades para os programas saírem do papel.
Pelas declarações do secretário, os recursos disponíveis permitiriam apenas a implantação do projeto de Renda Mínima neste ano, ainda assim para atender 20% das 309 mil famílias que podem ser beneficiadas.
Os programas envolverão complementação da renda de famílias carentes e qualificação de jovens e adultos desempregados, por exemplo (veja quadro abaixo).
Só o Renda Mínima deverá receber uma receita entre R$ 50 milhões e R$ 60 milhões neste ano.
Ontem, Pochmann não quis revelar o total de investimento que será feito nos programas sociais e a meta de atendimento de todos os projetos neste ano.
No final do mês passado, a prefeita anunciou a destinação de cerca de R$ 160 milhões (2% do Orçamento de R$ 8,1 bilhões) aos projetos, mas o valor ainda não estaria confirmado. "Estamos aguardando a definição da peça orçamentária", disse Pochmann.
Dos recursos da prefeitura, o Banco do Povo poderá receber cerca de R$ 4 milhões, segundo o coordenador de projetos sociais.
Ele disse ontem que o projeto poderá oferecer pelo menos três diferentes linhas de crédito, destinadas a pequenos empresários.
O objetivo é oferecer empréstimos com recursos do Estado e da União. Também serão usados os recursos destinados a um fundo que será criado para receber verbas de parcerias e da prefeitura.
Pochmann estima que o valor total que será destinado ao projeto poderá variar de R$ 13 milhões a R$ 20 milhões.

Telefônica
O presidente da Telefônica, Fernando Pereira, afirmou ontem que a empresa destinará 1% do imposto de renda devido para fazer doações ao Conselho Municipal da Criança e do Adolescente. A doação pode ser deduzida. O pedido de doação havia sido feito pela prefeita a empresários.


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