São Paulo, quinta-feira, 22 de fevereiro de 2001

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VAZAMENTOS

Custo é de R$ 600 milhões

Ibama cria sistema para monitorar acidentes

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) vai investir R$ 600 milhões em um sistema para monitorar vazamentos de óleo em todo o país.
O programa, que começa a ser operado em abril, prevê o uso de imagens de satélite, bóias com sensores de alerta, câmeras ligadas à Internet, entre outros equipamentos, para tentar detectar vazamentos rapidamente.
Os recursos serão investidos na contratação de pessoal e na compra de equipamentos. Nas próximas semanas, o Ibama deverá assinar um contrato com a empresa canadense Radarsat, que fornecerá as imagens. Uma equipe da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) fará a análise dos dados coletados.
As informações serão enviadas a uma central em Brasília, inaugurada ontem. Dali, profissionais do Ibama terão condições de acionar equipes nos Estados para evitar que os vazamentos se alastrem.
Os sensores serão instalados em áreas costeiras e dentro do território brasileiro -como na área de Morretes (PR), onde um acidente registrado recentemente contaminou uma área de reserva de mata atlântica.
A primeira área a ser monitorada será a Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, considerada uma das regiões com maior risco de acidentes com óleo justamente por ser a principal área produtora de petróleo do país.
As outras regiões a serem monitoradas ainda estão sendo definidas. O Ibama já tem uma lista de pelo menos 1.200 áreas consideradas de risco de contaminação. Também serão feitos mapas indicando regiões onde existem atividades avaliadas como perigosas para o meio ambiente -poços de petróleo, dutos e rotas de navios- para facilitar o trabalho.
Segundo Edgar Fagundes, chefe do centro de sensoriamento do Ibama, com o programa será possível detectar um acidente após no máximo 30 horas, inclusive pequenos vazamentos que atualmente passam despercebidos.

Paraná
A Petrobras concluiu ontem o trabalho de limpeza dos rios e do trecho da baía de Antonina, no Paraná, atingidos por um vazamento de óleo na semana passada. "Por precaução", a estatal decidiu manter as bóias de contenção e parte da equipe de limpeza no local por mais alguns dias.


Colaborou a Agência Folha


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