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VAZAMENTOS
Custo é de R$ 600 milhões
Ibama cria sistema para monitorar acidentes
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ibama (Instituto Brasileiro
do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis) vai investir
R$ 600 milhões em um sistema
para monitorar vazamentos de
óleo em todo o país.
O programa, que começa a ser
operado em abril, prevê o uso de
imagens de satélite, bóias com
sensores de alerta, câmeras ligadas à Internet, entre outros equipamentos, para tentar detectar
vazamentos rapidamente.
Os recursos serão investidos na
contratação de pessoal e na compra de equipamentos. Nas próximas semanas, o Ibama deverá assinar um contrato com a empresa
canadense Radarsat, que fornecerá as imagens. Uma equipe da
UFRJ (Universidade Federal do
Rio de Janeiro) fará a análise dos
dados coletados.
As informações serão enviadas
a uma central em Brasília, inaugurada ontem. Dali, profissionais do
Ibama terão condições de acionar
equipes nos Estados para evitar
que os vazamentos se alastrem.
Os sensores serão instalados em
áreas costeiras e dentro do território brasileiro -como na área de
Morretes (PR), onde um acidente
registrado recentemente contaminou uma área de reserva de
mata atlântica.
A primeira área a ser monitorada será a Bacia de Campos, no Rio
de Janeiro, considerada uma das
regiões com maior risco de acidentes com óleo justamente por
ser a principal área produtora de
petróleo do país.
As outras regiões a serem monitoradas ainda estão sendo definidas. O Ibama já tem uma lista de
pelo menos 1.200 áreas consideradas de risco de contaminação.
Também serão feitos mapas indicando regiões onde existem atividades avaliadas como perigosas
para o meio ambiente -poços de
petróleo, dutos e rotas de navios- para facilitar o trabalho.
Segundo Edgar Fagundes, chefe
do centro de sensoriamento do
Ibama, com o programa será possível detectar um acidente após
no máximo 30 horas, inclusive
pequenos vazamentos que atualmente passam despercebidos.
Paraná
A Petrobras concluiu ontem o
trabalho de limpeza dos rios e do
trecho da baía de Antonina, no
Paraná, atingidos por um vazamento de óleo na semana passada. "Por precaução", a estatal decidiu manter as bóias de contenção e parte da equipe de limpeza
no local por mais alguns dias.
Colaborou a Agência Folha
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