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Alckmin quer diminuir
reajuste e prorrogar os
contratos de pedágio
SP prepara mudança em correção da tarifa;
prazo maior é contrapartida para menor lucro
DE SÃO PAULO
O governo Geraldo Alckmin (PSDB) prepara uma
mudança no índice contratual de reajuste da maior parte dos pedágios para atenuar
a elevação do preço aos motoristas na metade do ano,
quando a tarifa aumenta.
Como contrapartida disso
e da redução da margem de
lucro, as empresas podem
obter mais anos de contrato.
Os planos foram reconhecidos ontem por Alckmin e
tendem a ser os primeiros resultados da revisão das concessões prometida por ele.
O tema foi um dos principais motivos de críticas aos
tucanos nas últimas eleições.
O reajuste da tarifa nas estradas concedidas na década
de 1990, como Imigrantes,
Anhanguera e Castello Branco, é baseado no IGP-M.
O problema é que ele está
acima de outros dos principais índices de inflação.
O acumulado dos últimos
12 meses soma 11,5%, contra
6% do IPCA -que é base das
metas do governo federal.
Nos últimos 12 anos, subiu
206%, ante 121% do IPCA.
Alckmin disse que a proposta é a troca do IGP-M por
um indicador setorial, que
reflita gastos com pavimento
e serviços em rodovias.
A alteração deve atingir ao
menos 85 pontos de cobrança -quase 70% do total.
"Queremos renegociar as
concessões antigas, com a
mudança do índice [de reajuste] e da taxa interna de retorno, para prorrogá-los [os
contratos]", disse Alckmin.
Nos contratos novos (que
representam 6 das 18 concessões, inclusive Rodoanel e
Ayrton Senna), a correção da
tarifa já é baseada no IPCA.
Moacyr Duarte, da ABCR
(associação de concessionárias de rodovias), diz que as
empresas não têm preferência por nenhum índice de
reajuste. Mas ele defende que
os critérios sejam mantidos
ao longo do contrato.
Os contratos de concessões firmados nos anos 90
eram válidos por 20 anos.
Em 2006, houve uma ampliação do prazo em dez contratos. Em troca de fazer mais
obras, as empresas ganharam até oito anos e oito meses a mais.
(ALENCAR IZIDORO)
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