São Paulo, terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

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Após críticas, OAB muda coodenador nacional de exames

Advogado Walter Agra deixa o cargo que será ocupado temporariamente por grupo de cinco membros da OAB

Candidatos do último exame reclamam que faltaram 15 questões sobre direitos humanos previstas no processo


DE SÃO PAULO

O Conselho Nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) trocou ontem o coordenador de seus exames unificados nacionais, o advogado Walter Agra.
A mudança ocorre em meio a um exame em andamento, com mais de 100 mil inscritos, e após uma série de reclamações sobre problemas nessas provas. No Brasil, só podem advogar os bacharéis em direito aprovados nesses testes da Ordem.
No lugar de Agra assume um grupo provisório (e emergencial) com cinco membros, presidido pelo secretário-geral da OAB nacional, Marcus Vinícius Furtado Coelho. Um novo coordenador será escolhido em breve.
Oficialmente, a mudança ocorre após o pedido de renúncia de Agra -apresentado na última sexta. Ele continua como presidente da Comissão Nacional do Exame de Ordem, mas, segundo o Conselho Federal, sem os mesmos poderes de antes.
O grupo será subordinado diretamente ao presidente do Conselho, Ophir Cavalcante. "Não há crise nenhuma. Nunca houve", afirmou Cavalcante, apesar da mudança coincidir com novas reclamações sobre o exame.
Desta vez, os bacharéis reclamam da não inclusão de 15 perguntas sobre direitos humanos na primeira fase do exame, realizada na semana passada, como era previsto.
Esse exame deveria ter sido realizado no ano passado, mas por problemas nos outros dois exames acabou sendo realizado só agora.
No ano passado, houve falhas na divulgação dos resultados e quase metade dos 47 mil candidatos na segunda fase (do segundo exame) apresentou recurso sobre a nota recebida. No início do ano, no primeiro exame, a segunda fase havia sido suspensa por suspeita de vazamento do gabarito.
Cavalcante nega haver problemas na prova (diz que as questões sobre direitos humanos foram feitas) e, também, que há ligação entre a renúncia e as queixas.


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