São Paulo, quinta-feira, 22 de março de 2001

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Funcionária diz que é a 2º vez que placas cedem

DO "AGORA SÃO PAULO"
A funcionária M.C., 20, que não quis se identificar, denunciou que algumas placas do forro já haviam caído com a chuva na semana passada.
M., 20 anos, estava a poucos metros do local do desabamento quando tudo começou a cair. Segundo ela, mais uma vez as placas que recobrem o forro se soltaram momentos antes da tragédia.
"Toda vez que chove, acontece isso aqui. Já não é a primeira vez que essas placas caem", reclamou M..
Revoltada, a funcionária disse ainda que o incidente da semana passada não foi resolvido pela administração do hipermercado. "Eles foram comunicados por todos os funcionários, mas deixaram por isso mesmo. Não vi ninguém indo lá para resolver o problema", reclamou.
Jéferson de Oliveira da Silva, 12 anos, conta que chegou a salvar uma mulher. Ele estava sozinho, ouvindo CDs no Extra, na hora do acidente. "Uma viga estava para cair em cima de uma moça. Eu a empurrei para um canto e saímos correndo", contou.
A vereadora de São Caetano do Sul, Neide Figueiredo, 58 anos, também estava no hipermercado na hora do desabamento. Chorando muito, ela confirmou que instantes antes do teto cair, as placas do forro começaram a se soltar.
"O vento estava muito forte. Foi tudo de repente", disse. "Vi as meninas dos patins fugindo e gritando desesperadas. Quis ajudar, mas desisti porque poderia cair em cima de mim também". Procurada pela reportagem, a direção do hipermercado não quis se manifestar sobre as denúncias da funcionária.


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