|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Óleo se dispersa, afirmam técnicos do Ibama
SABRINA PETRY
DA SUCURSAL DO RIO
PEDRO SOARES
ENVIADO ESPECIAL A MACAÉ
A mancha de óleo diesel e petróleo bruto resultante do vazamento da plataforma P-36 está contida
e se dispersando rapidamente, segundo técnicos da Petrobras e do
Ibama que sobrevoaram a área do
acidente ontem.
De acordo com a estatal, dos 350
mil litros que já vazaram da P-36,
só restavam 11 mil na manhã de
ontem, formando uma mancha
de 48 quilômetros quadrados de
extensão. Os outros 339 mil litros,
segundo os técnicos, evaporaram.
A técnica que estava sendo utilizada para a retirada do óleo era o
uso de dispersantes -suspenso
na tarde de ontem, por não haver
mais necessidade- e de embarcações que passam sobre as manchas, espalhando-as.
Não está sendo necessário, conforme explicou o gerente-executivo de Segurança, Meio Ambiente
e Saúde da Petrobras, Irani Varella, o uso de barreiras.
"A mancha é muito fina, muito
superficial. Então, a utilização de
barreiras não é a melhor solução."
Segundo Varella, o óleo, ontem
à tarde, encontrava-se a cerca de
122 km da costa e movimentando-se em direção a mar aberto.
"Não há mais o risco de o vazamento atingir as praias", afirmou.
Robôs equipados com câmeras
filmadoras estão ajudando a monitorar possíveis vazamentos.
Especialistas ouvidos pela Folha
afirmam que o dano causado ao
ambiente será pequeno.
"Além de ser uma pequena
quantidade, a fauna e a flora daquela área são muito pobres", explicou Mário Sérgio Ximenes,
professor da UFRJ (Universidade
Federal do Rio de Janeiro).
Bahia
Técnicos do Centro de Recursos
Ambientais da Bahia começaram
a catalogar ontem os danos ambientais que teriam sido causados
pelo vazamento de óleo e betume
no sul do Estado.
Segundo o CRA, a poluição já
atinge 110 km de praias entre os
municípios de Maraú e Ilhéus.
O escritório regional da Petrobras na Bahia nega participação
da empresa na poluição. Amostras do betume já foram enviadas
para o Centro de Pesquisas da Petrobras, no Rio.
Colaborou a Agência Folha, em Salvador
Texto Anterior: Acidente em alto-mar: Famílias não vão ser indenizadas agora Próximo Texto: Mergulhador não encontra corpos desaparecidos Índice
|