DA AGÊNCIA FOLHA

Em Minas Gerais, 86 municípios não vão receber a segunda parcela dos recursos federais para a merenda escolar. Desses, 18 não receberam também a primeira parcela porque não apresentaram contas do uso da verba em 99 e em 2000. Cerca de 300 mil alunos do ensino fundamental podem ser prejudicados.
O superintendente de finanças da Secretaria de Estado da Educação, José Roberto Avelar, afirma que, em janeiro, a secretaria orientou os municípios como proceder para regularizar a situação. Segundo Avelar, alguns não tinham documentação ou as administrações anteriores não deixaram arquivos das finanças.
O secretário de Abastecimento de Belo Horizonte, Rogério Colombini, disse que enviou a documentação ao Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação, mas que foi extraviada. Os alimentos estão sendo comprados com recursos de 2000 que sobraram (cerca de R$ 840 mil).
O prefeito Célio de Castro (sem partido) disse ontem, após reunião com prefeitos e representantes da Frente Nacional de Prefeitos, que as 191 mil crianças da rede municipal de ensino não vão ficar sem merenda. "A prefeitura vai cobrir esse déficit."

Rio Grande do Sul
Entre os municípios gaúchos que tiveram bloqueio de recurso para a merenda escolar devido à falta de prestação de contas, São Gabriel é o que detém o maior número de alunos (11.592), conforme o FNDE. A prefeitura local afirmou ontem, porém, que há estoque de alimentos e os alunos não serão prejudicados.
O chefe de gabinete da prefeitura, Robson Gonçalves, disse que o Executivo municipal "não prestou conta no tempo hábil", mas atendeu à exigência dentro da prorrogação do prazo. (ELAINE RESENDE e CARLOS ALBERTO DE SOUZA)


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