São Paulo, sexta-feira, 22 de março de 2002

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Motoristas vão pedir aumento salarial de 15%

DA REPORTAGEM LOCAL

A paralisação de 10 dos 14 terminais de ônibus da cidade de São Paulo na última semana foi apenas um "ensaio" da mobilização dos motoristas e cobradores, que deve ser intensificada no final do próximo mês e início de maio.
A categoria definiu na semana passada uma série de reivindicações do dissídio coletivo. Entre elas, um reajuste salarial de quase 15% -9,26% de reposição das perdas e 5% de aumento real.
A data limite para as negociações fixada pela categoria é 10 de maio. "A nossa posição é conhecida por todo mundo: se não deixarem a categoria satisfeita, a gente vai parar", afirma Edivaldo Santiago, presidente do sindicato dos motoristas e cobradores.
Santiago afirma que vai cobrar a participação da prefeitura nas discussões com as viações. Ele diz, porém, que os trabalhadores não vão tomar posição em relação a um possível aumento de tarifa.
"A gente já definiu que não discute essa questão. O que a gente quer é que as nossas reivindicações sejam atendidas, mas não é a gente que vai definir de onde sairão os recursos", afirma.
No ano passado, a prefeita Marta Suplicy aumentou a tarifa em 21,74%, de R$ 1,15 para R$ 1,40, superando os 14,6% de inflação medidos pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, da USP) desde a data do reajuste anterior, em janeiro de 1999.
Na mesma época, a elevação salarial concedida pelas viações aos trabalhadores não passou de 6%.(AI)


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