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Motoristas vão pedir aumento salarial de 15%
DA REPORTAGEM LOCAL
A paralisação de 10 dos 14 terminais de ônibus da cidade de São
Paulo na última semana foi apenas um "ensaio" da mobilização
dos motoristas e cobradores, que
deve ser intensificada no final do
próximo mês e início de maio.
A categoria definiu na semana
passada uma série de reivindicações do dissídio coletivo. Entre
elas, um reajuste salarial de quase
15% -9,26% de reposição das
perdas e 5% de aumento real.
A data limite para as negociações fixada pela categoria é 10 de
maio. "A nossa posição é conhecida por todo mundo: se não deixarem a categoria satisfeita, a gente
vai parar", afirma Edivaldo Santiago, presidente do sindicato dos
motoristas e cobradores.
Santiago afirma que vai cobrar a
participação da prefeitura nas discussões com as viações. Ele diz,
porém, que os trabalhadores não
vão tomar posição em relação a
um possível aumento de tarifa.
"A gente já definiu que não discute essa questão. O que a gente
quer é que as nossas reivindicações sejam atendidas, mas não é a
gente que vai definir de onde sairão os recursos", afirma.
No ano passado, a prefeita Marta Suplicy aumentou a tarifa em
21,74%, de R$ 1,15 para R$ 1,40,
superando os 14,6% de inflação
medidos pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas,
da USP) desde a data do reajuste
anterior, em janeiro de 1999.
Na mesma época, a elevação salarial concedida pelas viações aos
trabalhadores não passou de
6%.(AI)
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