da Revista

Depois de dez anos trabalhando de terno e gravata dentro de escritórios de multinacionais, Fernando Baiardi, 32, hoje ganha a vida passeando com cães -de bermuda e tênis, nas ruas arborizadas do Morumbi. Montar a Cãopanhia Animal foi a solução que o administrador de empresas encontrou, há dois anos, para não ser um desempregado. Em 96, Fernando foi demitido do cargo de chefe de recursos humanos da Pirelli.
Durante cinco meses, enviou currículos para várias empresas. As duas respostas-padrão eram: "a empresa está terceirizando a área de RH" ou "o salário que podemos oferecer é muito baixo".
Em outubro de 96, Fernando teve a idéia de adaptar a sua Saveiro -fechando a caçamba- para transportar animais. A idéia era levar cães ao veterinário. Hoje, a empresa tem uma equipe com cinco pessoas e 25 clientes.
O administrador afirma que ainda não ganha o equivalente ao salário que recebia na Pirelli -cerca de R$ 3.800-, mas acha que não conseguiria mais ser um empregado. "Não voltaria atrás. Hoje, faço o que quero, tenho autonomia."



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