DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Ilhabela (217 km de São Paulo) iniciou um cadastramento dos trabalhadores para tentar conter os efeitos da violência decorrentes da intensa migração, segundo a presidente da Associação Comercial, Heloíza Lacerda Franco.
"Ocorreram vários delitos cometidos por trabalhadores regulares foragidos da polícia. Com o cadastramento, queremos afugentar os maus elementos."
A intenção é fazer com que comerciantes e empresários evitem contratar funcionários que não apresentem a carteirinha com foto, nome, número de RG e filiação. Segundo ela, entre um candidato à vaga com carteirinha e outro sem, o empregador escolherá o primeiro. Antes da confecção da carteira, os dados do cadastro serão checados na Polícia Civil.
Cristiana Isola, diretora de Planejamento da prefeitura, afirma que os migrantes de Ilhabela deixaram de ter como meta o emprego na construção civil, cuja atividade vive uma fase de declínio. "As pessoas continuam vindo, mas não mais em busca de emprego, e sim de sobrevivência."
Segundo ela, os novos migrantes são parentes de antigos que fixaram residência na cidade. Eles hospedam os familiares até que eles consigam ocupação. (FS)


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