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FEBEM
Tumulto em Ribeirão Preto só foi controlado após a PM explodir as portas
Internos fazem duas rebeliões em quatro horas
DA FOLHA RIBEIRÃO
A unidade da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do
Menor) de Ribeirão Preto viveu
ontem e anteontem duas rebeliões em um intervalo de quatro
horas. Parte do prédio foi destruída, funcionários foram feitos de
reféns, menores se feriram e colchões foram incendiados.
Os menores dominaram os pavilhões 1 e 2, trancando as portas
de acesso. A rebelião só foi controlada depois que a Polícia Militar entrou no local. A PM teve de
usar, no entanto, explosivos para
conseguir abrir as portas.
O primeiro tumulto começou
por volta das 16h30 de anteontem,
quando um grupo de cinco adolescentes fugiu dos pavilhões 4 e 6.
Os menores arrebentaram uma
grade e escaparam pelo teto da
unidade. Três foram recapturados em seguida.
Quando o grupo chegou ao prédio, um tumulto começou nos pavilhões 1 e 2. Cinco monitores foram feitos reféns. Segundo a direção, 42 adolescentes estavam nos
pavilhões na hora do tumulto. Por
volta das 20h30, segundo a direção da Febem, os internos rebelados resolveram se entregar. Soltaram os reféns e entregaram os estiletes. Mas, às 23h, começou um
novo tumulto, liderado mais uma
vez pelo pequeno grupo. Os adolescentes voltaram a atear fogo em
colchões e começaram a depredar
o prédio. Segundo a direção da
unidade, a PM só teve autorização
para entrar no prédio por volta
das 4h30.
Explosivos foram colocados nas
portas para facilitar a entrada dos
PMs, que controlaram a rebelião.
Pelo menos quatro internos ficaram feridos. Duas sindicâncias foram abertas para apurar o caso.
Ilanud
Uma comissão de advogados ligada ao Ilanud (Instituto Latino
Americano das Nações Unidas
para Prevenção do Delito e Tratamento do Delinquente) deve protocolar hoje, na Justiça, um pedido de habeas corpus coletivo para
os 247 internos da Febem que foram transferidos da unidade 30 de
Franco da Rocha (Grande SP) para presídios do interior do Estado.
A transferência ocorreu após a fuga de 121 internos, no último dia
12, e de três rebeliões. Segundo o
governo, todos os transferidos
têm mais de 18 anos e devem ficar
por 30 dias no sistema prisional.
Mas, conforme o Ilanud, pelo menos 16 dos transferidos já poderiam ter saído da Febem.
Colaborou o "AGORA"
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