São Paulo, Quinta-feira, 22 de Abril de 1999
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ONGs criticam falta de kits

da Reportagem Local

Entidades ligadas a doentes de Aids estão protestando contra a falta de kits para carga viral, exame que permite saber o número de partículas do HIV em determinado volume de sangue. "As pessoas estão sendo medicadas sem parâmetros, meio às cegas", disse José Araujo, do GIV, Grupo de Incentivo à Vida, de São Paulo.
O conhecimento da carga viral -assim como a contagem dos CD-4, linfócitos de defesa- permite ao médico monitorar a reação do organismo diante das drogas que está receitando.
Pedro Chequer, coordenador do Programa Nacional de Aids, disse que a falta dos kits se deve a um atraso na liberação de recursos do programa Aids 2. Segundo ele, o dinheiro do Banco Mundial só se tornou efetivo em fevereiro passado. "Até o próximo dia 10, toda a rede estará servida", afirmou.
No Rio Grande do Sul, a situação é mais grave. "Mais de 350 amostras estão congeladas à espera dos kits", disse Marina Gutierrez, secretária da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids.
As ONGs também voltaram a questionar uma possível falta de verbas para a compra de medicamentos. Chequer disse que o governo já se comprometeu com R$ 450 milhões, dos R$ 600 milhões estimados em gastos para este ano. Em 97 foram gastos R$ 253,9 milhões, e em 98, R$ 352 milhões.


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