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ONGs criticam falta de kits
da Reportagem Local
Entidades ligadas a doentes de
Aids estão protestando contra a
falta de kits para carga viral, exame
que permite saber o número de
partículas do HIV em determinado volume de sangue. "As pessoas
estão sendo medicadas sem parâmetros, meio às cegas", disse José
Araujo, do GIV, Grupo de Incentivo à Vida, de São Paulo.
O conhecimento da carga viral
-assim como a contagem dos
CD-4, linfócitos de defesa- permite ao médico monitorar a reação
do organismo diante das drogas
que está receitando.
Pedro Chequer, coordenador do
Programa Nacional de Aids, disse
que a falta dos kits se deve a um
atraso na liberação de recursos do
programa Aids 2. Segundo ele, o
dinheiro do Banco Mundial só se
tornou efetivo em fevereiro passado. "Até o próximo dia 10, toda a
rede estará servida", afirmou.
No Rio Grande do Sul, a situação
é mais grave. "Mais de 350 amostras estão congeladas à espera dos
kits", disse Marina Gutierrez, secretária da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids.
As ONGs também voltaram a
questionar uma possível falta de
verbas para a compra de medicamentos. Chequer disse que o governo já se comprometeu com R$
450 milhões, dos R$ 600 milhões
estimados em gastos para este ano.
Em 97 foram gastos R$ 253,9 milhões, e em 98, R$ 352 milhões.
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