DA REPORTAGEM LOCAL

O diretor da Faculdade Paulista de Artes, Luiz Roberto Telles Scaglione, 37, foi assassinado na portaria da escola, às 22h50 de anteontem, a tiros por dois homens que fugiram sem nada levar. Scaglione chegou a ser levado ao Hospital do Servidor Público Municipal, mas não resistiu aos tiros -na cabeça e no braço.
O professor se encontrava junto às catracas que dão acesso à faculdade, situada na rua Martiniano de Carvalho, na Bela Vista, região central de São Paulo.

Testemunhas
Ao lado dele estava o gerente administrativo Berghamn Santos, 37. O encarregado de segurança da escola, José Ricardo dos Santos, 36, de um local mais longe, também presenciou o crime.
Ambos contaram no 5º DP (Liberdade) que os dois homens tinham cerca de 1,75 m e vestiam calças jeans e jaquetas pretas. Eles nada disseram antes de sacar as armas e atirar duas ou três vezes.
Segundo as testemunhas, os assassinos fugiram a pé. O delegado Silvio Luiz Maciel, de plantão no 5º DP, compareceu ao local do crime. A equipe G do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foi chamada para ajudar a esclarecer o caso.
A polícia está trabalhando com duas hipóteses: vingança ou não-pagamento de dívidas.
Scaglione era divorciado e não teria inimigos, segundo disseram os familiares à polícia. Eles não falaram com a imprensa a respeito do homicídio.
A Faculdade Paulista de Artes também não comentou ontem a morte de seu diretor. Uma funcionária, identificada por Cláudia, disse que "a família se pronunciará em momento oportuno, mas que agora ninguém falará nada".