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AMBIENTE
Juiz embarga criação de três reservas no PR
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
No mesmo dia em que a ministra do Meio Ambiente, Marina
Silva, anunciava, em Campos do
Jordão (SP), o andamento dos
projetos de criação de cinco UCs
(Unidades de Conservação) em
áreas de florestas de araucária e
peroba no Paraná, um juiz federal
em Ponta Grossa tomava uma decisão embargando três delas.
Na quinta-feira passada, o magistrado Augusto Cesar Pansini
Gonçalves acolheu os argumentos de agricultores e representantes de cooperativas agrícolas da
região dos Campos Gerais, centro
do Estado, de que a criação das reservas tem embasamento técnico
superficial e que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis) falhou na publicidade das
audiências públicas para discutir
a criação desses refúgios.
O juiz também se disse insatisfeito com o argumento do Ibama
de que notificou as prefeituras
dos municípios atingidos e os sindicatos envolvidos para as audiências que realizou em abril.
"Isso não representa notificação à
população", afirmou.
Sua decisão possui caráter liminar -concedeu uma tutela antecipada aos que questionaram a
medida- e abre a possibilidade
para que o órgão ambiental federal retome o debate.
O procurador jurídico do Ibama Ricardo Barroso disse que o
órgão recorrerá da decisão do
juiz. Segundo o superintendente
do Ibama no Paraná, Marino
Gonçalves, "o processo é irreversível. Não há como imaginar suspendermos a proteção a essas
áreas e colocar em risco o ecossistema dos Campos Gerais e da
araucária", disse.
O Ministério do Meio Ambiente
confirmou na sexta-feira a informação divulgada pela ministra no
dia anterior, de que os projetos
das novas UCs já estão com o ministro José Dirceu (Casa Civil) à
espera de sanção do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva.
(MARI TORTATO)
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