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SEGURANÇA
Vida particular do caseiro que trabalhava para o presidente em Ibiúna será investigada em busca de pistas
Polícia ainda não tem suspeitos do crime
DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"
A polícia de São Paulo não tinha, até ontem à noite, pistas sobre suspeitos ou sobre a motivação do assassinato do caseiro que
trabalhava para o presidente.
O delegado Júlio Guebert, da
Delegacia Seccional de Sorocaba,
que assumiu o caso, disse que investigará a vida particular do caseiro Joaquim Antonio da Silva
para tentar encontrar antigas dívidas ou brigas que poderiam levar ao autor do crime.
"Como a porta da frente da casa
[do caseiro" estava aberta, existe a
hipótese de que ele conhecia a
pessoa que o matou. Mas ele pode
ter sido abordado fora da residência", afirmou o delegado.
Apesar de registrar o caso como
homicídio, a polícia não descarta
a hipótese de latrocínio -roubo
seguido de morte.
Ontem, os policiais chegaram a
considerar a hipótese de o crime
ter sido cometido por um caminhoneiro de Ibiúna que comprou
um cavalo do caseiro há dois
anos. Ele estava devendo R$ 200
pelo animal e vinha sendo cobrado. No entanto, a possibilidade foi
descartada pela polícia após o depoimento dele, à tarde.
Antigos relacionamentos amorosos do caseiro também devem
ser investigados.
Parentes e amigos ouvidos no
velório afirmaram que o caseiro
não tinha desavenças que pudessem justificar o crime.
Nada foi levado da casa. A carteira, com R$ 25, estava em cima
da cama quando a polícia chegou.
O caseiro foi visto pela última
vez por vizinhos perto das 21h,
quando voltava para casa trazendo um cavalo que tinha acabado
de comprar. Seu filho Marcos,
que vive com ele no sítio, tinha ido
visitar a mãe em outro bairro, como afirmou em depoimento.
Atenção
Ontem, o general Alberto Cardoso, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, disse que o
presidente ficou abalado com o
assassinato do caseiro, por ser
uma pessoa muito próxima a ele.
Segundo Cardoso, a PF (Polícia
Federal) e funcionários do Gabinete de Segurança Institucional
estão acompanhando as investigações sobre o crime, coordenadas pela Polícia Civil de São Paulo.
O general disse que não está
sendo cogitada a possibilidade de
montar um esquema especial de
segurança para o sítio, pois o condomínio já tem um sistema próprio de vigilância.
O sítio somente recebe vigilância especial quando o presidente o
visita. Fora disso, apenas o caseiro
tomava conta do lugar.
Colaborou a SUCURSAL DE BRASÍLIA
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