São Paulo, sábado, 22 de junho de 2002

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SEGURANÇA

Vida particular do caseiro que trabalhava para o presidente em Ibiúna será investigada em busca de pistas

Polícia ainda não tem suspeitos do crime

DA REPORTAGEM LOCAL

DO "AGORA"

A polícia de São Paulo não tinha, até ontem à noite, pistas sobre suspeitos ou sobre a motivação do assassinato do caseiro que trabalhava para o presidente.
O delegado Júlio Guebert, da Delegacia Seccional de Sorocaba, que assumiu o caso, disse que investigará a vida particular do caseiro Joaquim Antonio da Silva para tentar encontrar antigas dívidas ou brigas que poderiam levar ao autor do crime.
"Como a porta da frente da casa [do caseiro" estava aberta, existe a hipótese de que ele conhecia a pessoa que o matou. Mas ele pode ter sido abordado fora da residência", afirmou o delegado.
Apesar de registrar o caso como homicídio, a polícia não descarta a hipótese de latrocínio -roubo seguido de morte.
Ontem, os policiais chegaram a considerar a hipótese de o crime ter sido cometido por um caminhoneiro de Ibiúna que comprou um cavalo do caseiro há dois anos. Ele estava devendo R$ 200 pelo animal e vinha sendo cobrado. No entanto, a possibilidade foi descartada pela polícia após o depoimento dele, à tarde.
Antigos relacionamentos amorosos do caseiro também devem ser investigados.
Parentes e amigos ouvidos no velório afirmaram que o caseiro não tinha desavenças que pudessem justificar o crime.
Nada foi levado da casa. A carteira, com R$ 25, estava em cima da cama quando a polícia chegou.
O caseiro foi visto pela última vez por vizinhos perto das 21h, quando voltava para casa trazendo um cavalo que tinha acabado de comprar. Seu filho Marcos, que vive com ele no sítio, tinha ido visitar a mãe em outro bairro, como afirmou em depoimento.

Atenção
Ontem, o general Alberto Cardoso, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, disse que o presidente ficou abalado com o assassinato do caseiro, por ser uma pessoa muito próxima a ele.
Segundo Cardoso, a PF (Polícia Federal) e funcionários do Gabinete de Segurança Institucional estão acompanhando as investigações sobre o crime, coordenadas pela Polícia Civil de São Paulo.
O general disse que não está sendo cogitada a possibilidade de montar um esquema especial de segurança para o sítio, pois o condomínio já tem um sistema próprio de vigilância.
O sítio somente recebe vigilância especial quando o presidente o visita. Fora disso, apenas o caseiro tomava conta do lugar.


Colaborou a SUCURSAL DE BRASÍLIA

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