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PLANTÃO MÉDICO
Risco de operar obeso diminui
JULIO ABRAMCZYK
Há cerca de 50 anos, a obesidade
extrema era contra-indicação para uma operação que não tivesse
urgência. Atualmente, o receio
pelo risco de complicações pós-operatórias em obesos está sendo
afastado.
A revista "The Lancet" deste
mês publica estudo de Daniel
Dindo e colaboradores do Hospital Universitário de Zurich, Suíça,
sobre 6.300 pacientes submetidos
a cirurgias eletivas (programadas
com antecedência). Ao comparar
o peso de pacientes obesos e não-obesos com as complicações pós-operatórias observadas, decidiram afastar a impressão generalizada de maior risco nos gordos do
que nos magros.
Essa impressão -de maior risco nos obesos-, entretanto, não
é gratuita. A obesidade extrema
possibilita o desenvolvimento de
diabetes, hipertensão e doenças
cardíacas e pulmonares, além de
reduzir a expectativa de vida.
O excesso de gordura e outros
fatores concomitantes nos obesos
levam a alto risco de infecção na
cicatriz cirúrgica abdominal. Mas
a obesidade por si só não é fator
de risco para complicações pós-operatórias, destacam os médicos
suíços. E acrescentam que a opção
de recusa em submeter pacientes
muito obesos à cirurgia ou exigir
que reduzam bem o excesso de
peso antes da operação deve ser
reconsiderada.
E-mail - julio@uol.com.br
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