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São Paulo, domingo, 22 de junho de 2003

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PLANTÃO MÉDICO

Risco de operar obeso diminui

JULIO ABRAMCZYK

Há cerca de 50 anos, a obesidade extrema era contra-indicação para uma operação que não tivesse urgência. Atualmente, o receio pelo risco de complicações pós-operatórias em obesos está sendo afastado.
A revista "The Lancet" deste mês publica estudo de Daniel Dindo e colaboradores do Hospital Universitário de Zurich, Suíça, sobre 6.300 pacientes submetidos a cirurgias eletivas (programadas com antecedência). Ao comparar o peso de pacientes obesos e não-obesos com as complicações pós-operatórias observadas, decidiram afastar a impressão generalizada de maior risco nos gordos do que nos magros.
Essa impressão -de maior risco nos obesos-, entretanto, não é gratuita. A obesidade extrema possibilita o desenvolvimento de diabetes, hipertensão e doenças cardíacas e pulmonares, além de reduzir a expectativa de vida.
O excesso de gordura e outros fatores concomitantes nos obesos levam a alto risco de infecção na cicatriz cirúrgica abdominal. Mas a obesidade por si só não é fator de risco para complicações pós-operatórias, destacam os médicos suíços. E acrescentam que a opção de recusa em submeter pacientes muito obesos à cirurgia ou exigir que reduzam bem o excesso de peso antes da operação deve ser reconsiderada.
E-mail - julio@uol.com.br


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