São Paulo, terça-feira, 22 de junho de 2004

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OUTRO LADO

Para corregedor, não há indícios de irregularidade na operação

DA REPORTAGEM LOCAL

O corregedor-geral da Polícia Militar, coronel Paulo Máximo, afirmou ontem que um relatório inicial, feito pela própria Corregedoria, não apontou indícios de irregularidades na ação dos policiais da Rota.
Mesmo assim, segundo ele, foi aberto um IPM (Inquérito Policial Militar) sobre o caso. "Esse é um procedimento de rotina para casos de letalidade. Mas não vamos deixar de investigar todas as possibilidades", disse Máximo.
O coronel admite que, segundo o croqui cadavérico, a maioria dos tiros atingiu a região próxima do coração. Para entidades de direitos humanos, isso mostra contradição em relação ao relato dos PMs, que falaram que os três jovens fugiram correndo e atirando.
"Isso também será analisado", disse Máximo. Segundo ele, a Corregedoria vai ouvir o adolescente internado na Febem que estava com o grupo e que diz ter levado a única arma.
O coronel afirmou também que a Corregedoria irá verificar a informação de parentes das vítimas de que PMs estiveram no velório dos jovens, quando revistaram os homens. O veículo seria do policiamento da região.
Segundo ele, os quatro policiais da Rota que participaram da ação estão cumprindo serviço administrativa e devem ser submetidos a avaliação psicológica, como prevêem os procedimentos normais em relação a PMs envolvidos em ocorrências com morte.
A medida não é considerada uma punição. Segundo o corregedor-geral, até agora também não há indícios de irregularidades para justificar o afastamento administrativo dos policiais.


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